Links

ENTREVISTA


Augusto Canedo


Beatriz Albuquerque


Marina Abramovic, The Onion. Perfomance vídeo


Domingos Loureiro, Sem título


Nicola Costantino, Trilogy of Nicola’s death III and IV, 2008


Nicola Costantino, Trilogy of Nicola’s death III and IV, 2008


Nicola Costantino, Trilogy of Nicola’s death III and IV, 2008

Outras entrevistas:

AIDA CASTRO E MARIA MIRE



TITA MARAVILHA



FERNANDO SANTOS



FABÃOLA PASSOS



INÊS TELES



LUÃS ALVES DE MATOS E PEDRO SOUSA



PAULO LISBOA



CATARINA LEITÃO



JOSÉ BRAGANÇA DE MIRANDA



FÃTIMA RODRIGO



JENS RISCH



ISABEL CORDOVIL



FRANCISCA ALMEIDA E VERA MENEZES



RÄ DI MARTINO



NATXO CHECA



TERESA AREGA



UMBRAL — ooOoOoooOoOooOo



ANA RITO



TALES FREY



FÃTIMA MOTA



INÊS MENDES LEAL



LUÃS CASTRO



LUÃSA FERREIRA



JOÃO PIMENTA GOMES



PEDRO SENNA NUNES



SUZY BILA



INEZ TEIXEIRA



ABDIAS NASCIMENTO E O MUSEU DE ARTE NEGRA



CRISTIANO MANGOVO



HELENA FALCÃO CARNEIRO



DIOGO LANÇA BRANCO



FERNANDO AGUIAR



JOANA RIBEIRO



O STAND



CRISTINA ATAÃDE



DANIEL V. MELIM _ Parte II



DANIEL V. MELIM _ Parte I



RITA FERREIRA



CLÃUDIA MADEIRA



PEDRO BARREIRO



DORI NIGRO



ANTÓNIO OLAIO



MANOEL BARBOSA



MARIANA BRANDÃO



ANTÓNIO PINTO RIBEIRO E SANDRA VIEIRA JÜRGENS



INÊS BRITES



JOÃO LEONARDO



LUÃS CASTANHEIRA LOUREIRO



MAFALDA MIRANDA JACINTO



PROJECTO PARALAXE: LUÃSA ABREU, CAROLINA GRILO SANTOS, DIANA GEIROTO GONÇALVES



PATRÃCIA LINO



JOANA APARÃCIO TEJO



RAÚL MIRANDA



RACHEL KORMAN



MÓNICA ÃLVAREZ CAREAGA



FERNANDA BRENNER



JOÃO GABRIEL



RUI HORTA PEREIRA



JOHN AKOMFRAH



NUNO CERA



NUNO CENTENO



MEIKE HARTELUST



LUÃSA JACINTO



VERA CORTÊS



ANTÓNIO BARROS



MIGUEL GARCIA



VASCO ARAÚJO



CARLOS ANTUNES



XANA



PEDRO NEVES MARQUES



MAX HOOPER SCHNEIDER



BEATRIZ ALBUQUERQUE



VIRGINIA TORRENTE, JACOBO CASTELLANO E NOÉ SENDAS



PENELOPE CURTIS



EUGÉNIA MUSSA E CRISTIANA TEJO



RUI CHAFES



PAULO RIBEIRO



KERRY JAMES MARSHALL



CÃNTIA GIL



NOÉ SENDAS



FELIX MULA



ALEX KATZ



PEDRO TUDELA



SANDRO RESENDE



ANA JOTTA



ROSELEE GOLDBERG



MARTA MESTRE



NICOLAS BOURRIAUD



SOLANGE FARKAS



JOÃO FERREIRA



POGO TEATRO



JOSÉ BARRIAS



JORGE MOLDER



RUI POÇAS



JACK HALBERSTAM



JORGE GASPAR e ANA MARIN



GIULIANA BRUNO



IRINA POPOVA



CAMILLE MORINEAU



MIGUEL WANDSCHNEIDER



ÂNGELA M. FERREIRA



BRIAN GRIFFIN



DELFIM SARDO



ÂNGELA FERREIRA



PEDRO CABRAL SANTO



CARLA OLIVEIRA



NUNO FARIA



EUGENIO LOPEZ



JOÃO PEDRO RODRIGUES E JOÃO RUI GUERRA DA MATA



ISABEL CARLOS



TEIXEIRA COELHO



PEDRO COSTA



LUCAS CIMINO, GALERISTA



NEVILLE D’ALMEIDA



MICHAEL PETRY - Diretor do MOCA London



PAULO HERKENHOFF



CHUS MARTÃNEZ



MASSIMILIANO GIONI



MÃRIO TEIXEIRA DA SILVA ::: MÓDULO - CENTRO DIFUSOR DE ARTE



ANTON VIDOKLE



TOBI MAIER



ELIZABETH DE PORTZAMPARC



DOCLISBOA’ 12



PEDRO LAPA



CUAUHTÉMOC MEDINA



ANNA RAMOS (RÀDIO WEB MACBA)



CATARINA MARTINS



NICOLAS GALLEY



GABRIELA VAZ-PINHEIRO



BARTOMEU MARÃ



MARTINE ROBIN - Château de Servières



BABETTE MANGOLTE
Entrevista de Luciana Fina



RUI PRATA - Encontros da Imagem



BETTINA FUNCKE, editora de 100 NOTES – 100 THOUGHTS / dOCUMENTA (13)



JOSÉ ROCA - 8ª Bienal do Mercosul



LUÃS SILVA - Kunsthalle Lissabon



GERARDO MOSQUERA - PHotoEspaña



GIULIETTA SPERANZA



RUTH ADDISON



BÃRBARA COUTINHO



CARLOS URROZ



SUSANA GOMES DA SILVA



CAROLYN CHRISTOV-BAKARGIEV



HELENA BARRANHA



MARTA GILI



MOACIR DOS ANJOS



HELENA DE FREITAS



JOSÉ MAIA



CHRISTINE BUCI-GLUCKSMANN



ALOÑA INTXAURRANDIETA



TIAGO HESPANHA



TINY DOMINGOS



DAVID SANTOS



EDUARDO GARCÃA NIETO



VALERIE KABOV



ANTÓNIO PINTO RIBEIRO



PAULO REIS



GERARDO MOSQUERA



EUGENE TAN



PAULO CUNHA E SILVA



NICOLAS BOURRIAUD



JOSÉ ANTÓNIO FERNANDES DIAS



PEDRO GADANHO



GABRIEL ABRANTES



HU FANG



IVO MESQUITA



ANTHONY HUBERMAN



MAGDA DANYSZ



SÉRGIO MAH



ANDREW HOWARD



ALEXANDRE POMAR



CATHERINE MILLET



JOÃO PINHARANDA



LISETTE LAGNADO



NATASA PETRESIN



PABLO LEÓN DE LA BARRA



ESRA SARIGEDIK



FERNANDO ALVIM



ANNETTE MESSAGER



RAQUEL HENRIQUES DA SILVA



JEAN-FRANÇOIS CHOUGNET



MARC-OLIVIER WAHLER



JORGE DIAS



GEORG SCHÖLLHAMMER



JOÃO RIBAS



LUÃS SERPA



JOSÉ AMARAL LOPES



LUÃS SÃRAGGA LEAL



ANTOINE DE GALBERT



JORGE MOLDER



MANUEL J. BORJA-VILLEL



MIGUEL VON HAFE PÉREZ



JOÃO RENDEIRO



MARGARIDA VEIGA




AUGUSTO CANEDO - BIENAL DE CERVEIRA


A Bienal de Cerveira, que irá decorrer de 27 de julho a 14 setembro 2013, cumpre 35 anos. Com um modelo semelhante ao iniciado em 1978 apresenta um Concurso internacional e artistas convidados, destaca um artista homenageado, e desenvolve projetos curatoriais, performances, residências artísticas, ateliers/workshops, conferências e debates, visitas guiadas e concertos, entre outros. Este mês publicamos uma entrevista ao diretor artístico desta 17ª Bienal, Augusto Canedo.



P: Pode fazer um balanço do Concurso Internacional da 17ª Bienal de Cerveira?

R: Positivo. Foram alcançadas as expectativas, quanto ao número de candidatos e em relação à qualidade das obras apresentadas. Sobretudo, no que respeita ao alcance internacional da Bienal de Cerveira.

O Concurso Internacional da 17ª Bienal de Cerveira contou com 590 candidatos, um acréscimo de 39% em relação à edição anterior (2011), sendo que mais de metade são estrangeiros. No total foram mais de mil obras a concurso (mais 40% que na 16ª edição), representando áreas criativas como a Pintura, Gravura, Fotografia, Vídeo, Performance, Cerâmica, Escultura, de artistas de 46 países de quatro continentes diferentes (América, Ãsia, Ãfrica e Europa). Foram pré-selecionadas 134 obras e 99 artistas de 14 países distintos, sendo os mais representados Portugal, Espanha, Brasil, Sérvia, Japão e Alemanha.



P: Falando agora da pré-seleção. Das mais de 1000 obras, quantas passarão à próxima fase?

R: Contando com as obras de videoarte e as performances cerca de 80 a 100.



P: Quais foram os critérios de pré-seleção?

R: À partida o júri tinha consciência das limitações físicas para apresentar as obras em apreciação. Limites de espaço e de recursos, em relação às exigências de eventuais projetos. As decisões foram tomadas por maioria, mas sempre dentro dos limites razoáveis do consenso desejável… Cada jurado, apenas responde perante a sua própria consciência. Mas é claro que se privilegiou a representação de jovens artistas, emergentes e alguma atenção para artistas de outros países, também… tivemos que preterir artistas que já foram apresentados em edições anteriores e cuja obra a concurso não revelava diferenças significativas, em relação à anterior. Procurou-se sempre a excelência das obras ou projetos a concurso, de alguma forma valorizou ser surpreendido… Por vezes, o percurso artístico, também foi tido em consideração. Aconteceu que, por falta de mais espaço para a secção Concurso, muitos artistas com igual importância daqueles que foram selecionados, não puderam ser aceites nesta edição… Os critérios para esta difícil escolha foram diversos, mas sempre dentro do maior respeito pela obra de todos e com a melhor das intensões e seriedade. A ideia de conjunto, por vezes ganha alguma predominância! Nestes processos há sempre alguma subjetividade… é inevitável e faz parte da natureza da apreciação da arte. Tenho consciência que, por isto, há alguma injustiça em relação a artistas muito interessantes… Espero que compreendam e que haja outra oportunidade futuramente.



P: Fale-nos um pouco acerca dos elementos que constituíram o júri de pré-seleção.

R: Não fugindo muito à regra, o costume: artistas e professores, críticos de arte/ curadores (Lourenço Egreja, curador; João Mourão, curador; Francisco Laranjo, Diretor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), que se têm afirmado pelos textos que editam, pelas ideias acerca da arte e pelo interesse suscitado pelos projetos realizados… obtendo, por isso, o reconhecimento público… Neste painel, ainda foi convidado um jurado originário duma área diferente. O escritor Valter Hugo Mãe, que enriqueceu as decisões do júri, porque trouxe uma sensibilidade própria de outro espaço da criatividade, cruzando-se, assim, saberes diferentes.



P: Para quando a seleção final?

R: Neste momento ainda se estão a rececionar obras enviadas de fora do espaço europeu e as restantes já foram desembaladas e distribuídas para serem reapreciadas. Apenas não serão incluídas aquelas que levantem problemas, exigências, que não consigamos atender.



P: Relativamente às Residências Artísticas, quais foram os critérios de seleção e o que podemos esperar do programa de Residências Artísticas de 2013?

R: Relativamente ao Concurso de Residências Artísticas, a decorrer de 5 de agosto a 14 de setembro, contabilizaram-se 61 projetos de 98 artistas e 15 países distintos. No total foram selecionados 14 projetos, 20 artistas de Portugal, Espanha, Brasil, Japão, Nepal e Chile, que irão desenvolver trabalhos nas áreas de gravura, serigrafia, vídeo, desenho, pintura, entre outras. Além do que se possa entender por “qualidadeâ€, procurou-se alguma diversidade no tipo de projetos e que a sua realização permitisse a visitação do público… Excluímos alguns que, sendo bastante interessantes, não eram fáceis de realizar dentro das condições de que dispomos. Alguns projetos implicam a participação do público e realizam-se no espaço exterior, outros, serão realizados em espaço de atelier.



P: O que nos pode desvendar acerca do programa da 17ª Bienal de Cerveira?

R: A Bienal de Cerveira que cumpre nesta edição 35 anos, mantém-se estruturada segundo o modelo que a caracterizou ao longo de um percurso iniciado em 1978. Assim, o evento integrará: Concurso Internacional e Artistas Convidados, Artista Homenageado, Projetos Curatoriais, Performances, Residências Artísticas, Ateliers/Workshops, Conferências e Debates, Visitas Orientadas às Exposições e Concertos, entre outros. Nas Curadorias, iremos contar com a presença de Celeste Cerqueira e Silvestre Pestana, Daniel Rangel, Fátima Lambert e Rita Monteiro, María Falagán, Manuel Taborda Pereira, Nuno Faria, Lourenço Egreja, entre outros. De referir ainda uma curadoria de arte jovem, de Albuquerque Mendes e Luis Coquenão (em parceria com o Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ). O coletivo Cataclistics e o Project Rooms/Working Progress, na República das Artes, estarão também presentes nesta 17.ª edição, destacando, ainda, a presença da artista servia Marina Abramovic com uma vídeo performance.

As Conferências e Debates terão início no dia 28 julho com a “Conferência de Homenagem ao Pintor Henrique Silvaâ€; a 10 agosto “Arte, Crise e Transformaçãoâ€; e, finalmente, a 31 de agosto a “Conferência 35 anosâ€. De acrescentar, ainda, que serão também organizadas Conversas com Artistas a 30 e 31 de julho, no âmbito da curadoria de Fátima Lambert e Rita Monteiro.

Para além dos Ateliers Infantis (agosto) dedicados aos mais novos, a 17ª Bienal de Cerveira irá promover Ateliers Livres para artistas presentes e convidados, nas áreas de pintura, desenho e gravura (Filipe Rodrigues e Choichi Nishikawa). O curador Nuno Faria promove, também, de 5 a 8 de agosto, um Ciclo de Cinema e o workshop "Fazer, trazer, ser a própria casa: do caracol à caravana", para crianças e jovens, na área do desenho, maquetagem, visionamento de imagens e filmes e discussão de ideias e conceitos. Para além das Visitas Guiadas, que decorrerão aos sábados de 3 de agosto a 7 de setembro e serão realizadas por Augusto Canedo, Henrique Siva, Nuno Faria, Manuel Taborda Pereira e Silvestre Pestana, a 17ª Bienal de Cerveira abrirá portas, nas duas últimas semanas de setembro (16 a 27), exclusivamente para visitas orientas a Instituições de Ensino e IPSS (gratuitas, mediante marcação em bienaldecerveira.pt).

Posso, ainda, acrescentar, entre outros momentos musicais, o Grupo de Experimentação e Improvisação livre – “Strangeseâ€, de alunos da Lic. em Educação Musical da ESE/IPP, orientados por Francisco Monteiro que, no dia da inauguração e entre 27 a 29 agosto, realizarão ações de rua, performances e workhops, e o Ciclo de Concertos BIE – nova musica eletrónica exploratória, a 30 e 31 agosto, com os artistas Sturqen, Pão, Palmer Eldritch e Black Koyote.

No fim de semana 13 e 14 setembro decorrerá, ainda, a Festa de Encerramento da 17ª Bienal de Cerveira com concertos, animação de rua e muitas outras atividades.



P: Relativamente à expansão geográfica do evento… quais as cidades e espaços expositivos escolhidos este ano e qual o motivo?

R: Continuando a apresentar a Bienal de Cerveira em polos externos ao concelho de origem, depois de, em 2011, se ter estendido às cidades do Porto (Palacete dos Viscondes de Balsemão) e de Vigo (Casa das Artes), este ano foi-nos proporcionada a possibilidade de estarmos presentes em duas cidades ligadas por laços históricos, desde o nascimento e afirmação da nacionalidade lusa: Santiago de Compostela (Casa de la Parra) e Braga (Casa dos Crivos).

Braga porque é central na região do Minho e Santiago, na Galiza e ainda, por ter uma dinâmica cultural muito considerável… de facto, fazemos parte dum percurso, dum mesmo trajeto… Em Santiago, vamos apresentar um projeto curatorial de Lourenço Egreja e Fátima Lambert, designado “Do barroco para o barroco - está a arte contemporâneaâ€. Já em Braga, com a exposição “Gelosias e outras formas de verâ€, procura-se estabelecer uma conexão, entre as estórias e as imagens que este lugar evoca e os diferentes processos de “velarâ€, (do latim velo, -are) as figuras, nas obras de Ana Cristina Leite, Daniela Steele, Isabel Padrão e Teresa Rodrigues.



P: Quais as suas expectativas para esta Bienal?

R: As mesmas de sempre. Fazer o melhor possível, para que os artistas participantes na Bienal e os curadores sintam que vale a pena estar presente em cada edição e reconheçam que a Bienal de Cerveira é um evento de referência da arte em Portugal. O grande interesse, que desde sempre tem suscitado internacionalmente, deixa-nos a certeza de que há 35 anos, estamos no bom caminho.

Espero também que os média venham a cumprir a sua função de informar, de contribuir para o desenvolvimento da cultura e da descentralização, como acontecia até à década de 80. Ultimamente, e apesar de cada vez haver mais recursos tecnológicos, a comunicação social, tem-se revelado uma deceção, ao valorizar assuntos bem mais banais…

Ainda há poucos dias tomei conhecimento, com muito agrado que, em Espanha, muitos artistas já consideram a Bienal de Cerveira, como um destino de peregrinação… Apesar de não termos as condições, nem os apoios institucionais, para trazer um barco Rabelo, do rio Douro até à foz do Minho, damos oportunidade a inúmeros artistas. Sei que a 17ª bienal de Cerveira vai alcançar um elevado nível e apresentar obras, projetos e artistas de grande importância… espero que todos apreciem. É por tudo isto, que nos empenhamos!



Bienal de Cerveira
www.bienaldecerveira.pt