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ENTREVISTA


Eugenio Lopez


Vista da exposição Un Lugar en dos dimensiones: Una selección de colección Jumex + Fred Sandback, curadoria de Patrick Charpenel.


Vista da exposição Un Lugar en dos dimensiones: Una selección de colección Jumex + Fred Sandback, curadoria de Patrick Charpenel.


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Cosmogonía doméstica, de Damián Ortega. Obra comissionada e produzida pela Fundação Jumex para o pátio do Museu Jumex.


Vista da exposição James Lee Byars: 1/2 an Autobiography, curadoria de Magalí Arriola e Peter Eleey.


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Vista da exposição The Corrupt Show and the Speculative Machine, do colectivo dinamarquês Superflex.

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EUGENIO LOPEZ


O acontecimento do fim do ano de 2013 teve lugar no México. O coleccionador e mecenas mexicano Eugenio Lopez inaugurou o novo Museu Jumex, um novo edifício projectado pelo arquitecto inglês David Chipperfield. À conversa com Rosario Nadal, directora adjunta da Fundação Jumex, Eugenio Lopez dá-nos a saber sobre a sua colecção e as radicais mudanças na cena artística do México.

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RN: Doze anos após a criação da fundação, a abertura do Museu Jumex mais do que evocar a forma como tudo começou, o que nos diz de se concentrar no presente e no futuro?

EL: Concentremo-nos sobre o presente; a abertura do museu é um momento único, não tanto em termos de expectativas, mas de concretização. No futuro espero manter a frequência das exposições e o entusiasmo da equipa e continuar a fazer a diferença no desenvolvimento da arte e da cultura no meu país.


RN: O que retém do museu em termos de obra arquitectónica?

EL: O museu pode acolher exposições de todos os géneros. Tem uma bela luz natural que pode ser ocultada se necessário, por exemplo, para uma exposição de vídeo. É um museu muito flexível e nós temos já uma grande diversidade de projectos em preparação. Está situado numa zona muito acessível a todos os habitantes da cidade do México.


RN: Vive entre Los Angeles e México, dois países muito diferentes mas com raízes comuns. Como é que afecta a sua relação com a Fundação Jumex?

EL: Se bem que esteja frequentemente em Los Angeles eu considero a Cidade do México a minha cidade de residência. As duas cidades não são muito distantes, apenas 3h de viagem uma da outra. Los Angeles é uma cidade fascinante. Eu estou perto do mar e da montanha, perto das coisas que gosto. Quando estou em Los Angeles estou sempre atento ao que se passa no México. Acompanho a TV mexicana, continuo a comer comida mexicana, todo eu estou impregnado da atmosfera de uma cidade com um tráfego internacional impressionante. Eu creio que a combinação das duas cidades enriquece-me humanamente e por consequência enriquece a minha visão da Fundação Jumex.


RN: O seu dever é fazer a diferença na paisagem cultural do México que se constituiu uma plataforma de importação e exportação da arte contemporânea e encorajar o diálogo internacional. Como é que evoluiu a cena artística mexicana na última década?

EL: A mudança foi radical. A mudança não provem só do México mas da percepção que temos dos países estrangeiros. No México, muitas pessoas estão implicadas na arte contemporânea, sustentada num sólido conjunto de galerias, comissários de exposições e directores de museus. O México tornou-se um centro de referência.


RN: Que papel teve a Fundação Jumex nessa evolução?

EL: Eu penso que teve um papel significativo. Criámos uma fundação, oferta de bolsas para artistas, mudámos mesmo a percepção daquilo que é a arte. Eu recordo-me de há dez anos as pessoas ridicularizarem os colecionadores de arte. Talvez a Jumex tenha sido um catalisador mas não foi o único factor: as galerias começaram a apresentar exposições muito boas; uma nova geração de artistas com grande visibilidade internacional começou a fazer-se conhecer; relevantes comissários emergiram.


RN: Certos factores foram-se modificando ao longo da década. Hoje a especulação e a aceitação social são dois factores essenciais no meio da arte mexicana, que alguns chamam o seu mercado. Onde é que se situa neste paradigma?

EL: Eu considero-me simplesmente um coleccionador, mas talvez não tão objectivo como gostaria de ser. As fundações privadas cresceram muito e multiplicaram-se. A arte agora evoluiu para um nível internacional. Os colecionadores privados incorporaram-se nos museus e o público tem curiosidade de ver qualquer coisa de novo todos os 5 anos. Mas eu não vejo as coisas desta maneira. Eu penso ser um coleccionador que apresenta as suas obras num museu, nada mais. Eu espero que a colecção continue a enriquecer-se e a desenvolver-se no domínio da educação e da pesquisa.


RN: Existe uma colecção que lhe serve de referência?

EL: A Ménil Collection, colecção Jean e Dominique Ménil em Houston no Texas.


RN: Qual é o próximo desafio da Fundação Jumex?

EL: O maior desafio já foi atingido: abrir o museu. Agora, o novo desafio, é organizar exposições de bom nível no México e captar o público.


RN: As obras que comprou são aquelas das quais ficou enamorado e que desejava possuir. Muito espontaneamente, quais são as 10 obras pelas quais está apaixonado e se tivesse que escolher uma qual seria ela?

EL: Se eu só pudesse guardar uma obra seria um dos meus Cy Twombly. Mas eu gostaria de guardar também o meu novo Rudolph Stingel dourado, a aranha da Louise Bourgeois, Virtue de Ed Ruscha, o meu Antoni Tapiès, o meu Donald Judd, os meus balões do Jeff Kons, as esculturas do Abraham Cruzvillegas, Dámien Ortega e todos os meus Francis Alys.



Museu Jumex, Mexico D.F.
www.museojumex.org

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Rosario Nadal
Desde 2006 que colabora com a Fundación Jumex Arte Contemporaneo na aquisição de obras para o acervo da colecção. Actualmente é directora adjunta desta instituição.



Esta entrevista é uma tradução e adaptação do francês, pela Artecapital e foi originalmente publicada na L'OFFICIEL Art de Dezembro-Janeiro-Fevreiro 2013-2014.