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OPINIÃO


POW! SPLAT YEAH!


POW! SPLAT YEAH!


POW! SPLAT YEAH! - Carlos Gaspar


POW! SPLAT YEAH! - Catarina Real


POW! SPLAT YEAH! - Sofia Mascate


POW! SPLAT YEAH! - Pedro O Novo


POW! SPLAT YEAH! - atelier serigrafia


POW! SPLAT YEAH! - atelier serigrafia


POW! SPLAT YEAH! - montagem da exposição


POW! SPLAT YEAH! - Carlos Gaspar


POW! SPLAT YEAH! - Sofia Mascate


POW! SPLAT YEAH! - Conversa com Mariana Gomes

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2016-06-23
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VICTOR PINTO DA FONSECA

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O PINTOR E O PINTAR / A PINTURA E ...



CATARINA REAL

2022-01-23




O Pintor e o pintar / A pintura e ….


POW! SPLAT YEAH! foi (e talvez continue sendo, não tendo ainda encontrado término, como diz Pedro O Novo) uma iniciativa conjunta do Sindicato dos Pintores - projecto de Mariana Gomes que promove encontros e exposições em torno da pintura, de pintores e suas práticas - e da Associação Córtex Frontal - sediada em Arraiolos, que dinamiza a vila com exposições e residências artísticas das mais variadas áreas da produção cultural, da escrita ao cinema passando pelas técnicas de impressão -; uma residência artística em duas partes realizada entre Arraiolos e Évora, com foco na experimentação da Gravura e da Serigrafia - com acompanhamento técnico especializado de Hugo Amorim e Vanda Sim-Sim, respectivamente - por parte de um grupo de jovens pintores. Nesse grupo, para além de eu mesma, Catarina Real, figuram Pedro O Novo, Sofia Mascate e Carlos Gaspar.

A exposição - POW! SPLAT YEAH! -, uma mostra de trabalhos realizados nas oficinas da Escola de Artes da Universidade de Évora, aconteceu em Dezembro de 2021 na Appleton Box, em Lisboa, e pensa-se que tenha um segundo tomo em 2022 em Arraiolos. Também em Arraiolos, nas instalações da Córtex Frontal, aconteceu no Verão de 2021 uma partilha, apresentação e discussão dos trabalhos de gravura realizados.

Ao mesmo tempo que as duas fases da residência tomaram lugar, e também no mesmo espaço de residência - a sede da Córtex Frontal - estava em exibição a exposição “Divagar Devagar” de Jorge Martins e Isabel Simões, igualmente organizada pelo Sindicato dos Pintores, no seu registo mais habitual de proporcionar encontros de duplas de pintores para um diálogo - ou batalha? - expositivo e confronto de posicionamentos quanto a questões que a Pintura concerne.

 

Escolher o lugar do discurso para descrever uma experiência de trabalho que se interliga com os vários estares - das técnicas, dos artistas, e também dos projectos que se interligam - é um exercício ambíguo: onde deverá estar a minha voz? Se relato algum poderá ser neutro - porque o ver está cruzado com os olhos - o relato onde para além dos olhos se encontra o corpo, e no corpo, o trabalho... como poderá acontecer? Para que a monopolização desta partilha seja mais moderada, tentei-me conter na minha colocação, que já cá estaria de alguma forma, pelo que a voz talvez seja vacilante e dialogue com a proximidade com as pessoas. [Qual será, de facto, a distância da pessoa ao artista...?] Divaguei no levantar de questões em que posso pensar a partir da experiência: O que ganham os artistas - perdão, os pintores! -, em estar juntos em períodos curtos de tempo (no caso, a residência organizou-se em duas semanas de trabalho, cada uma delas dedicada a uma das áreas das técnicas de impressão) para desenvolver trabalho artístico? E o que ganham as áreas disciplinares em serem ocupadas - ou absorvidas - neste modelo?

A exigência do conhecimento simultâneo de possibilidades relacionais várias, com os outros, e com as matérias, para além da inclusão num ritmo gerido entre os mesmos elementos é - salve-se a redundância - exigente. Condicionar os modos de trabalho, mas também os modos de relacionamento, é de facto produzir um experimento que não aconteceria de outra forma - ou proporcionar as condições para que o experimento se dê sozinho. Será uma experiência social, também esta, de realizar uma residência artística intensiva em que se impossibilita a fuga? Pintores juntos em oficina, e juntos à mesa, sem diálogos de outra ordem que não a da pintura. Será? Pintores em auto gerência a encontrarem o equilíbrio entre a distribuição das tarefas de índole doméstica - quem cozinha, não lava a loiça, é sabido - e a delimitação territorial das áreas de trabalho. Esta cor... partilho-a? Esta imagem de teste, pode ser imediatamente reutilizada pelo próximo? A dominação de um ritmo é um exercício de poder absoluto. E aqueles que primam pelo controlo dessa possibilidade (será também assim? ou escreve-se do lugar de fora do mundo?) para si próprios são os mesmos que encontram constrangimentos de outra ordem: o limite das folhas. Porquê ainda... produzir imagens? E para quê colocar esta pergunta aos que nela ou dela não encontram saída. A resposta: a incapacidade de parar de as fazer, pensar, sonhar.

 

Interessa sobretudo dar a ver quem são estes pintores, e o que a experiência de estarem juntos lhes trouxe e trará. Para outras imagens e suas estórias - sobre o papel de activação cultural de uma vila alentejana, sobre a pertinência da pintura no cenário contemporâneo, sobre a desmultiplicação das figuras dos artistas em produtores e agentes - outros espaços textuais se reservarão.

 

Quem são, então, SM, PON E CG?
*Atente-se que é uma pergunta conjunta, pelo que as respostas individuais e sem estarem em relação, situadas no contexto desta residência, poderiam divergir.*

 

Catarina Real - Talvez possam começar por referir algumas coisas relevantes quanto à vossa prática e percursos. [Inicia-se a conversa sem SM]

Carlos Gaspar - Já desenhava quando tinha cinco anos... [riso]
O que procuro no meu trabalho não vem de um tema central, vem do que acontece no dia a dia; histórias da vida, temas em que me foco em determinado momento. Vou de coisas muito mundanas a outras mais politizadas ou por outro lado non sense, surreais... Essas coisas vão-me chegando ou acontecendo, vou trabalhando sobre elas, e elas vão subindo de categoria até chegarem ao estúdio e até ganharem uma presença no trabalho. E nisso, às vezes sem conhecer bem o caminho a que as coisas levam - vão para muitos lados! - mas que vão criando uma coexistência umas com as outras. A ligação entre elas é o que ainda estou a desenvolver.

CR - Mas há sempre uma narrativa.

CG - Sim, sempre uma tentativa de narrativa, mesmo nos mais geométricos, que podem ser vistos como abstractos. Nalguns casos torna-se mais concreta e visível e noutros deixo-a para mim, sem a desvendar. Essa narrativa é o que me leva à construção da imagem. O que as pessoas compreendem depende delas, não faço questão de o controlar.

CR- Revês-te na figura do pintor?

CG - Sim, de forma um pouco arrogante até: estou só a pintar, não quero mais saber de nada. Estou a criar imagens e é isso que eu gosto. Não me preocupo com o que as pessoas percebem ou não, tenho só prazer ao fazê-las.

Na residência que fizemos juntos não tinha um caminho definido, fui de espírito aberto à procura do que fazer. Levei várias hipóteses, esboços que poderiam ter outro lugar no meu trabalho e a partir daí escolhi um desenho e esse desenho criou um caminho. Ou melhor, abriu uma porta para um caminho, e dessa porta vieram os fantasmas.

CR - Queres falar um pouco mais dos fantasmas?

Pedro O Novo - Eu também estou a fazer fantasmas!
Ando a pintar a parede de branco e vou fazendo umas caras, ocultando as imagens que estão atrás delas. Gosto que os fantasmas sejam figuras que se perpetuam no tempo, que existem mas não existem.

CG - O fantasma para mim é um personagem que vem de há algum tempo, mas não é aquele fantasma que ficou encalhado entre a vida e a morte e tem coisas para resolver. É um fantasma mais contemporâneo, mais presente. Tem a ver com a ideia do ser virtual, que está por aí, por cá, tem influência, assusta, vinga... Que faz essas coisas todas e existe mas não o vemos. Nunca sabemos quem é, quem é a pessoa por detrás da máscara, mas ela está lá. Existe e faz coisas!
Nalguns casos até sabemos!

PON - O nome que escolhi é Pedro O Novo e é por aí que devo começar a apresentar-me. Pedro O Novo está ligado à figura do Peter Pan, com a vontade de querer ser jovem para sempre e de não querer crescer.
O Novo também porque estou sempre agarrado ao passado, mesmo no que diz respeito à minha pintura. Além de que O Novo, pode ser agregado qualquer coisa. Pedro O Novo, Pirata. Pedro O Novo, Fantasma... Qualquer personagem. E estou constantemente a querer encarná-las.

Posso dizer que tenho duas grandes linhas de trabalho; o meu percurso cruza-se com o hip hop, o rap, o graffiti, e continuo a fazer trabalho nesse sentido. Interesso-me agora sobretudo pelas letras de rap. Muitas das que escrevi em cadernos, agora também apaguei para se tornarem fantasmas. Apaguei mas elas ainda lá estão, tornaram-se uma coisa fantasmagórica.
Tenho um trabalho muito gráfico, no sentido em que é literal. As coisas são o que são. Não se percebe logo, talvez, mas é tudo muito narrativo. A literatura influencia-me bastante, sobretudo romances e literatura infantil.
Por outro lado vejo muitos videoclipes, onde se romantiza o lifestyle e onde é tudo encenado. O que estou a fazer agora são cenários, para depois fazer as personagens para ocuparem esses cenários. Essas personagens são pinturas. Preciso sempre de cenários e personagens, não necessariamente humanas mas fazem uso de uma certa personificação. Por exemplo, durante a residência fiz muitas impressões de ratazanas. Ainda hoje desenhei em cima de cada uma delas, e fiz composições de cenários para esses retratos.
Por isso para mim a residência ainda não acabou.

CR - E porquê a necessidade de ter esse cenário?

PON - Acho que tenho um certo horror ao vazio. A paisagem sem personagem está vazia, e a personagem sem paisagem está num vazio.

O meu trabalho, tal como o do [Carlos] Gaspar, é muito autobiográfico. São metáforas de cenas com que me identifico, daquilo que vou lendo e de novas referências, que romantizo.

CR - Em criança qual era a tua relação com o estares sozinho?

PON - Não sei bem, estava sempre a fazer desenhos.
Estive a reflectir sobre isso no outro dia. Na altura não brincava com duas figuras, cada mão com uma, como imagino que seja recorrente. O que gostava de fazer era montar os cenários da brincadeira, e não gostava nada de misturar os universos das personagens.
Batman com piratas, nem pensar.

CR - E vês-te na figura do pintor?

PON - Sim, a pintura é uma obsessão.

CR - E como se dá a passagem para outra técnica como, no caso desta residência, a serigrafia e gravura?

PON - Talvez tanto eu como o Gaspar sejamos, antes de pintores, sobretudo desenhadores.

CG - Começa tudo no desenho. E só depois vai para a pintura.

PON - Tu ainda tens alguma pintura abstracta...

CG - Sabes que não considero as minhas pinturas sem objectos, abstractas. Na minha cabeça, elas estão a representar uma coisa qualquer. Uma relação entre objectos, ou até na ligação com a música... Vejo-as como figurativas.
Mas disseste bem: a base é o desenho e só depois vem a pintura. No território da pintura é que as coisas acontecem. Ganham uma plasticidade, uma atracção, uma outra coisa qualquer.

CR - E porque não ganham no território do desenho?

CG - Para mim o desenho é uma ferramenta de pensamento. Não é tanto uma forma de expressão, é mais uma forma de sedimentar as ideias e começar a pensar certa imagem.

PON - Comigo também o desenho serve para registar imagens e ideias que me surgem. Lido com ele como um registo e não como um fim.

CR - E foi assim que abordaram a gravura e a serigrafia; com um início no desenho que passa para uma outra fase?

PON - Sim. Tu não, Catarina. Eu e o Gaspar esquematizamos as ideias através do desenho.

CG - No meu caso não foi um processo muito experimental. Acabou por ser um exercício linear de usar a técnica da melhor maneira possível.

CR - Como um substituto da pintura?

CG - Não da mesma maneira. Quando chego à pintura é o tal espaço da experimentação. Tenho as ideias e as imagens na cabeça, mas há espaço para o erro e para outras coisas aparecerem. Cores, texturas...

PON - Também eu partilho dessa relação de experimentação com a pintura. No caso da serigrafia, houve um processo de experimentação de cor, para que todas as impressões dos tijolos, por exemplo, fossem diferentes cromaticamente e com espaço para o acaso. Foi experimental a relação com a serigrafia, mas não na gravura. Foi primeiro o desenho e depois monotipias... Colori as gravuras.

CR - O que acham que esta experiência pode trazer ao trabalho que farão a partir de agora?

PON - As notas falsas que imprimi e os muros falsos feitos a partir das impressões dos tijolos... Estou a gostar de fazer coisas falsas. Queria agora fazer uma série a partir disso.

Antes de querer ser pintor queria ser rapper e fazer graffiti. Tinha muitas letras escritas à mão e agora apaguei com corrector e parecem desenhos abstractos. Estou a gostar de fazer limpeza, sem ser para deitar fora. Voltar ao passado. Pensando bem, talvez me devesse chamar Pedro De Novo. Também apaguei diários gráficos, com tags e projectos para graffitis. Em vez de deitar fora, apaguei-os. E isso vai abrir possibilidades para outras coisas.

CR - São as tuas primeiras abstracções.

PON - Talvez, e em desenho.

CR - E tu, Gaspar, continuações?

CG - Não sei se haverá continuação. Os fantasmas vão aparecendo de vez em quando, mas não os vejo como uma série.
Eventualmente aparecem de fininho... São fantasmas.

PON - Catarina, fala também do teu trabalho connosco.
CG - De qual será a continuação.

CR - Em cada uma das semanas de trabalhos abriram-se caminhos diferentes para mim e não acho que vão acabar tão cedo. Tenho processos longos, entre o começar e o chegarem a um qualquer momento de apresentação, e onde as técnicas se vão entretecendo com as ideias. Eu levei inícios de coisas que hão-de encontrar, nos próximos anos, desenvolvimentos vários.

PON - Tenho outra pergunta para vos fazer, a partir disto. Vocês não começam muitas coisas?

CR- Sim.

CG - Às vezes é bom só ir pegar nelas anos depois. Se fores à minha mesa de desenhos, tens muitas coisas muito diferentes, que vão para muitos sítios diferentes. E o mesmo nos cadernos. De vez em quando é bom folheá-los, reencontrar lá qualquer coisa, e voltar a ela.

PON - Outra coisa que estou a tentar fazer é um registo diário das transformações que vou tendo no atelier. Das várias hipóteses para uma instalação, ou para a mesma imagem. Estou a fotografar tudo o que vou montando e gostava de fazer um livro a partir daí: um diário de atelier, com esses cenários e as pinturas a irem-nos ocupando.

(entrada de SM)

Sofia Mascate - Estudei Pintura em Lisboa e Hamburgo e sempre trabalhei com pintura, no contexto do doméstico e de imagens banais. Essa recorrência transformou-se numa ode ao doméstico através da pintura. É um processo que tem um lado humorístico muito presente e que procura interagir com a história da pintura e dos grandes mestres. É uma abordagem crítica disso. As pinturas são piadas ou têm o propósito de brincar com o que tem sido feito em telas. E são sempre festivas.

CR - E porquê a especificidade da pintura, e não do desenho?, retornando à pergunta que fazia ao Pedro e ao Carlos.

SM - Para mim estão juntos. São da mesma liga, diferenciam-se apenas nos materiais e superfícies.

CG - Também há desenho directo nas pinturas, com os pincéis... Embora no meu caso seja mais usado como ferramenta.

SM - Eu nunca faço desenhos preparatórios. Mas é claro que o desenho tem uma função esquemática. Sinto que no desenho é mais fácil de colocar uma ideia rápida e directa, agir quanto a uma ideia muito rapidamente. Na pintura levo mais tempo, talvez seja mais planeada.

CR - Embora as tuas pinturas também sejam ágeis e rápidas.

SM - Sim.

PON - Ainda estás a dar continuidade ao que fizeste em Arraiolos?

SM - Gostava de continuar a trabalhar com serigrafia. Trabalhar esse envolvimento.

CR - E tens algum fantasma?

SM - Tenho vários! Estou assombrada por todos os mestres da pintura, todos os pintores mortos são os meu fantasmas e assombram-me no atelier, em emboscada.

CR - E o que dizem?

SM - BUH! E depois lembram-me de coisas. Perguntam: Lembras-te daquele nenúfar? Lembraste do burro voador?

PON - As memórias são fantasmas?

SM - Essa não é a minha área. [riso]

CR - O que vêm que possa ter trazido termos sido escolhidos enquanto grupo, não só para trabalharmos no formato de residência, mas também pelas nossas especificidades?

CG - Estarmos em conjunto foi melhor do que estarmos sozinhos. Deu para acompanharmos os processos uns dos outros, para partilhar algumas ideias, técnicas, cores... Para não dizer que foi mais divertido.

PON - Não desenvolvemos um corpo de trabalho colectivo, fomos só desenvolvendo os nossos projectos pessoais.

SM - Este grupo tornou-se divertido por ser heterogéneo. E isso foi enriquecedor, por sermos pessoas com práticas tão distintas. Sobretudo na gravura, todos estávamos a ir por caminhos diferentes, o que resultou muito bem para conhecer melhor as técnicas.

CG - E formas diferentes de abordar, ambas. Fiquei surpreendido ao ver-vos a trabalhar, dava-me vontade de experimentar as vossas técnicas e brincar um bocadinho com o que estavam a fazer também.

 

 

Catarina Real
(Barcelos, 1992) Trabalha na intersecção entre a prática artística e a investigação teórica nos campos expandidos da pintura, escrita e coreografia; maioritariamente em projectos colaborativos de longa duração. É doutoranda do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho com uma investigação que cruza arte, amor e capital. Encontra-se em desenvolvimento da Terapia da Cor, prática aplicada entre teoria da cor, arte postal e intuição coreográfica. 

 

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POW! SPLAT YEAH! contou com o apoio da DGArtes, do Município de Arraiolos e da Escola de Artes da Universidade de Évora.