Links

OPINIÃO


Louise Lawler, Nude, 2002/2003. Cibachrome (museum box), 60 x 40 x 2 in.


Louise Lawler, Big, 2002/2003, cibachrome (museum box), 52 3/4 x 46 1/2 in.


Louise Lawler, Arranged by Carl Lobell at Weil, Gosthal & Manges, 1982. Fotografia a preto e branco, 13 1/2 x 17 1/2 in.


Louise Lawler, Pollock and Tureen, Arranged by Mr. and Mrs. Burton Tremaine, Connecticut, 1984. Cibachrome, 28 x 39 in.


Louise Lawler, Statue before Painting, Perseus with the Head of Medusa by Canova, 1983. Fotografia a preto e branco, 6 x 6 1/8 in.


Louise Lawler, Birdcalls (Patriarchal Roll Call), 1972/1981. Instalação sonora, dimensões variáveis.


Louise Lawler, How Many Pictures, 1989. Cibachrome, 48 1/16 x 61 7/8 in.


Louise Lawler, Something About Time and Space But I’m Not Sure What It is (One) Natural, 1998. Cibachrome (museum box), 24 x 29 1/2 in.


Louise Lawler, Something About Time and Space But I’m Not Sure What It Is, 1998. 12 cibachrome (museum box), 6 prints 18 3/4 x 23 1/2 in. + 6 prints 24 x 29 1/2 in.


Louise Lawler, Something About Time and Space But I’m Not Sure What It is, 2000. Vista da instalação na exposição More Pictures, Metro Pictures, Nova Iorque.


Louise Lawler, Foreground, 1994. Fotografia a preto e branco, 3 5/8 x 2 3/4 in.


Louise Lawler, Blume, 2003/2004. Cibachrome (museum box), 45 1/4 x 50 3/4 in.


Louise Lawler, Matchbooks, caixas de fósforos produzidas para a exposição An Arrangement of Pictures na Metro Pictures, 1982.


Louise Lawler, Twice Untitled, 2004/2005. Cibachrome (museum box), 34 3/16 x 29 3/4 in.

Outros artigos:

HELENA OSÓRIO

2024-09-20
XXIII BIAC: OS ARTISTAS PREMIADOS, AS OBRAS MAIS POLÉMICAS E OUTRAS REVELAÇÕES

MADALENA FOLGADO

2024-08-17
RÉMIGES CANSADAS OU A CORDA-CORDIS

CATARINA REAL

2024-07-17
PAVILHÃO DO ZIMBABUÉ NA BIENAL DE VENEZA

FREDERICO VICENTE

2024-05-28
MARINA TABASSUM: MODOS E MEIOS PARA UMA PRÁTICA CONSEQUENTE

PEDRO CABRAL SANTO

2024-04-20
NO TIME TO DIE

MARC LENOT

2024-03-17
WE TEACH LIFE, SIR.

LIZ VAHIA

2024-01-23
À ESPERA DE SER ALGUMA COISA

CONSTANÇA BABO

2023-12-20
ENTRE ÓTICA E MOVIMENTO, A PARTIR DA COLEÇÃO DA TATE MODERN, NO ATKINSON MUSEUM

INÊS FERREIRA-NORMAN

2023-11-13
DO FASCÍNIO DO TEMPO: A MORTE VIVA DO SOLO E DAS ÁRVORES, O CICLO DA LINGUAGEM E DO SILÊNCIO

SANDRA SILVA

2023-10-09
PENSAR O SILÊNCIO: JULIA DUPONT E WANDERSON ALVES

MARC LENOT

2023-09-07
EXISTE UM SURREALISMO FEMININO?

LIZ VAHIA

2023-08-04
DO OURO AOS DEUSES, DA MATÉRIA À ARTE

ELISA MELONI

2023-07-04
AQUELA LUZ QUE VEM DA HOLANDA

CATARINA REAL

2023-05-31
ANGUESÂNGUE, DE DANIEL LIMA

MIRIAN TAVARES

2023-04-25
TERRITÓRIOS INVISÍVEIS – EXPOSIÇÃO DE MANUEL BAPTISTA

MADALENA FOLGADO

2023-03-24
AS ALTER-NATIVAS DO BAIRRO DO GONÇALO M. TAVARES

RUI MOURÃO

2023-02-20
“TRANSFAKE”? IDENTIDADE E ALTERIDADE NA BUSCA DE VERDADES NA ARTE

DASHA BIRUKOVA

2023-01-20
A NARRATIVA VELADA DAS SENSAÇÕES: ‘A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU’ DE JOÃO PEDRO RODRIGUES E JOÃO RUI GUERRA DA MATA

JOANA CONSIGLIERI

2022-12-18
RUI CHAFES, DESABRIGO

MARC LENOT

2022-11-17
MUNCH EM DIÁLOGO

CATARINA REAL

2022-10-08
APONTAMENTOS A PARTIR DE, SOB E SOBRE O DUELO DE INÊS VIEGAS OLIVEIRA

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-08-29
DESLOCAMENTOS DA REPRODUTIBILIDADE NA ARTE: AINDA DUCHAMP

FILIPA ALMEIDA

2022-07-29
A VIDA É DEMASIADO PRECIOSA PARA SER ESBANJADA NUM MUNDO DESENCANTADO

JOSÉ DE NORDENFLYCHT CONCHA

2022-06-30
CECILIA VICUÑA. SEIS NOTAS PARA UM BLOG

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-05-29
MARCEL DUCHAMP CURADOR E O MAM-SP

MARC LENOT

2022-04-29
TAKING OFF. HENRY MY NEIGHBOR (MARIKEN WESSELS)

TITOS PELEMBE

2022-03-29
(DES) COLONIZAR A ARTE DA PERFORMANCE

MADALENA FOLGADO

2022-02-25
'O QUE CALQUEI?' SOBRE A EXPOSIÇÃO UM MÊS ACORDADO DE ALEXANDRE ESTRELA

CATARINA REAL

2022-01-23
O PINTOR E O PINTAR / A PINTURA E ...

MIGUEL PINTO

2021-12-26
CORVOS E GIRASSÓIS: UM OLHAR PARA CEIJA STOJKA

POLLYANA QUINTELLA

2021-11-25
UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO CHILENA NA 34ª BIENAL DE SÃO PAULO

JOANA CONSIGLIERI

2021-10-29
MULHERES NA ARTE – NUM ATELIÊ QUE SEJA SÓ MEU

LIZ VAHIA

2021-09-30
A FICÇÃO PARA ALÉM DA HISTÓRIA: O COMPLEXO COLOSSO

PEDRO PORTUGAL

2021-08-17
PORQUE É QUE A ARTE PORTUGUESA FICOU TÃO PEQUENINA?

MARC LENOT

2021-07-08
VIAGENS COM UM FOTÓGRAFO (ALBERS, MULAS, BASILICO)

VICTOR PINTO DA FONSECA

2021-05-29
ZEUS E O MINISTÉRIO DA CULTURA

RODRIGO FONSECA

2021-04-26
UMA REFLEXÃO SOBRE IMPROVISAÇÃO TOMANDO COMO EXEMPLO A GRAND UNION

CAIO EDUARDO GABRIEL

2021-03-06
DESTERRAMENTOS E SEUS FLUXOS NA OBRA DE FELIPE BARBOSA

JOÃO MATEUS

2021-02-04
INSUFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. EM CONVERSA COM VÍTOR SILVA E DIANA GEIROTO.

FILOMENA SERRA

2020-12-31
SEED/SEMENTE DE ISABEL GARCIA

VICTOR PINTO DA FONSECA

2020-11-19
O SENTIMENTO É TUDO

PEDRO PORTUGAL

2020-10-17
OS ARTISTAS TAMBÉM MORREM

CATARINA REAL

2020-09-13
CAVAQUEAR SOBRE UM INQUÉRITO - SARA&ANDRÉ ‘INQUÉRITO A 471 ARTISTAS’ NA CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2020-08-07
MUSEUS, PATRIMÓNIO CULTURAL E “VISÃO ESTRATÉGICA”

PAULA PINTO

2020-07-19
BÁRBARA FONTE: NESTE CORPO NÃO HÁ POESIA

JULIA FLAMINGO

2020-06-22
O PROJETO INTERNACIONAL 4CS E COMO A ARTE PODE, MAIS DO QUE NUNCA, CRIAR NOVOS ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

LUÍS RAPOSO

2020-06-01
OS EQUÍVOCOS DA MUSEOLOGIA E DA PATRIMONIOLOGIA

DONNY CORREIA

2020-05-19
ARTE E CINEMA EM WALTER HUGO KHOURI

CONSTANÇA BABO

2020-05-01
GALERISTAS EM EMERGÊNCIA - ENTREVISTA A JOÃO AZINHEIRO

PEDRO PORTUGAL

2020-04-07
SEXO, MENTIRAS E HISTÓRIA

VERA MATIAS

2020-03-05
CARLOS BUNGA: SOMETHING NECESSARY AND USEFUL

INÊS FERREIRA-NORMAN

2020-01-30
PORTUGAL PROGRESSIVO: ME TOO OU MEET WHO?

DONNY CORREIA

2019-12-27
RAFAEL FRANÇA: PANORAMA DE UMA VIDA-ARTE

NUNO LOURENÇO

2019-11-06
O CENTRO INTERPRETATIVO DO MUNDO RURAL E AS NATUREZAS-MORTAS DE SÉRGIO BRAZ D´ALMEIDA

INÊS FERREIRA-NORMAN

2019-10-05
PROBLEMAS NA ERA DA SMARTIFICAÇÃO: O ARQUIVO E A VIDA ARTÍSTICA E CULTURAL REGIONAL

CARLA CARBONE

2019-08-20
FERNANDO LEMOS DESIGNER

DONNY CORREIA

2019-07-18
ANA AMORIM: MAPAS MENTAIS DE UMA VIDA-OBRA

CARLA CARBONE

2019-06-02
JOÃO ONOFRE - ONCE IN A LIFETIME [REPEAT]

LAURA CASTRO

2019-04-16
FORA DA CIDADE. ARTE E ARQUITECTURA E LUGAR

ISABEL COSTA

2019-03-09
CURADORIA DA MEMÓRIA: HANS ULRICH OBRIST INTERVIEW PROJECT

BEATRIZ COELHO

2018-12-22
JOSEP MAYNOU - ENTREVISTA

CONSTANÇA BABO

2018-11-17
CHRISTIAN BOLTANSKI NO FÓRUM DO FUTURO

KATY STEWART

2018-10-16
ENTRE A MEMÓRIA E O SEU APAGAMENTO: O GRANDE KILAPY DE ZÉZÉ GAMBOA E O LEGADO DO COLONIALISMO PORTUGUÊS

HELENA OSÓRIO

2018-09-13
JORGE LIMA BARRETO: CRIADOR DO CONCEITO DE MÚSICA MINIMALISTA REPETITIVA

CONSTANÇA BABO

2018-07-29
VER AS VOZES DOS ARTISTAS NO METRO DO PORTO, COM CURADORIA DE MIGUEL VON HAFE PÉREZ

JOANA CONSIGLIERI

2018-06-14
EXPANSÃO DA ARTE POR LISBOA, DUAS VISÕES DE FEIRAS DE ARTE: ARCOLISBOA E JUSTLX - FEIRAS INTERNACIONAIS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

RUI MATOSO

2018-05-12
E AGORA, O QUE FAZEMOS COM ISTO?

HELENA OSÓRIO

2018-03-30
PARTE II - A FAMOSA RAINHA NZINGA (OU NJINGA) – TÃO AMADA, QUANTO TEMIDA E ODIADA, EM ÁFRICA E NO MUNDO

HELENA OSÓRIO

2018-02-28
PARTE I - A RAINHA NZINGA E O TRAJE NA PERSPECTIVA DE GRACINDA CANDEIAS: 21 OBRAS DOADAS AO CONSULADO-GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA NO PORTO. POLÉMICAS DO SÉCULO XVII À ATUALIDADE

MARIA VLACHOU

2018-01-25
CAN WE LISTEN? (PODEMOS OUVIR?)

FERNANDA BELIZÁRIO E RITA ALCAIRE

2017-12-23
O QUE HÁ DE QUEER EM QUEERMUSEU?

ALEXANDRA JOÃO MARTINS

2017-11-11
O QUE PODE O CINEMA?

LUÍS RAPOSO

2017-10-08
A CASA DA HISTÓRIA EUROPEIA: AFINAL A MONTANHA NÃO PARIU UM RATO, MAS QUASE

MARC LENOT

2017-09-03
CORPOS RECOMPOSTOS

MARC LENOT

2017-07-29
QUER PASSAR A NOITE NO MUSEU?

LUÍS RAPOSO

2017-06-30
PATRIMÓNIO CULTURAL E MUSEUS: O QUE ESTÁ POR DETRÁS DOS “CASOS”

MARZIA BRUNO

2017-05-31
UM LAMPEJO DE LIBERDADE

SERGIO PARREIRA

2017-04-26
ENTREVISTA COM AMANDA COULSON, DIRETORA ARTÍSTICA DA VOLTA FEIRA DE ARTE

LUÍS RAPOSO

2017-03-30
A TRAGICOMÉDIA DA DESCENTRALIZAÇÃO, OU DE COMO SE ARRISCA ESTRAGAR UMA BOA IDEIA

SÉRGIO PARREIRA

2017-03-03
ARTE POLÍTICA E DE PROTESTO | THE TRUMP EFFECT

LUÍS RAPOSO

2017-01-31
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL - PARTE 2: O CURTO PRAZO

LUÍS RAPOSO

2017-01-13
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL – PARTE 1: O LONGO PRAZO

SERGIO PARREIRA

2016-12-13
A “ENTREGA” DA OBRA DE ARTE

ANA CRISTINA LEITE

2016-11-08
A MINHA VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO...OU COISAS DO CORAÇÃO

NATÁLIA VILARINHO

2016-10-03
ATLAS DE GALANTE E BORRALHO EM LOULÉ

MARIA LIND

2016-08-31
NAZGOL ANSARINIA – OS CONTRASTES E AS CONTRADIÇÕES DA VIDA NA TEERÃO CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2016-06-23
“RESPONSABILIDADE SOCIAL”, INVESTIMENTO EM ARTE E MUSEUS: OS PONTOS NOS IS

TERESA DUARTE MARTINHO

2016-05-12
ARTE, AMOR E CRISE NA LONDRES VITORIANA. O LIVRO ADOECER, DE HÉLIA CORREIA

LUÍS RAPOSO

2016-04-12
AINDA OS PREÇOS DE ENTRADA EM MUSEUS E MONUMENTOS DE SINTRA E BELÉM-AJUDA: OS DADOS E UMA PROPOSTA PARA O FUTURO

DÁRIA SALGADO

2016-03-18
A PAISAGEM COMO SUPORTE DE REPRESENTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA NA OBRA DE ANDREI TARKOVSKY

VICTOR PINTO DA FONSECA

2016-02-16
CORAÇÃO REVELADOR

MIRIAN TAVARES

2016-01-06
ABSOLUTELY

CONSTANÇA BABO

2015-11-28
A PROCURA DE FELICIDADE DE WOLFGANG TILLMANS

INÊS VALLE

2015-10-31
A VERDADEIRA MUDANÇA ACABA DE COMEÇAR | UMA ENTREVISTA COM O GALERISTA ZIMBABUEANO JIMMY SARUCHERA PELA CURADORA INDEPENDENTE INÊS VALLE

MARIBEL MENDES SOBREIRA

2015-09-17
PARA UMA CONCEPÇÃO DA ARTE SEGUNDO MARKUS GABRIEL

RENATO RODRIGUES DA SILVA

2015-07-22
O CONCRETISMO E O NEOCONCRETISMO NO BRASIL: ELEMENTOS PARA REFLEXÃO CRÍTICA

LUÍS RAPOSO

2015-07-02
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 2: O PRESENTE/FUTURO

LUÍS RAPOSO

2015-06-17
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE

ALBERTO MORENO

2015-05-13
OS CORVOS OLHAM-NOS

Ana Cristina Alves

2015-04-12
PSICOLOGIA DA ARTE – ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL DUARTE

J.J. Charlesworth

2015-03-12
COMO NÃO FAZER ARTE PÚBLICA

JOSÉ RAPOSO

2015-02-02
FILMES DE ARTISTA: O ESPECTRO DA NARRATIVA ENTRE O CINEMA E A GALERIA.

MARIA LIND

2015-01-05
UM PARQUE DE DIVERSÕES EM PARIS RELEMBRA UM CONTO DE FADAS CLÁSSICO

Martim Enes Dias

2014-12-05
O PRINCÍPIO DO FUNDAMENTO: A BIENAL DE VENEZA EM 2014

MARIA LIND

2014-11-11
O TRIUNFO DOS NERDS

Jonathan T.D. Neil

2014-10-07
A ARTE É BOA OU APENAS VALIOSA?

José Raposo

2014-09-08
RUMORES DE UMA REVOLUÇÃO: O CÓDIGO ENQUANTO MEIO.

Mike Watson

2014-08-04
Em louvor da beleza

Ana Catarino

2014-06-28
Project Herácles, quando arte e política se encontram no Parlamento Europeu

Luís Raposo

2014-05-27
Ingressos em museus e monumentos: desvario e miopia

Filipa Coimbra

2014-05-06
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 2

Filipa Coimbra

2014-04-15
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 1

Rita Xavier Monteiro

2014-02-25
O AGORA QUE É LÁ

Aimee Lin

2014-01-15
ZENG FANZHI

FILIPE PINTO

2013-12-20
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 4 de 4)

FILIPE PINTO

2013-11-28
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 3 de 4)

FILIPE PINTO

2013-10-25
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 2 de 4)

FILIPE PINTO

2013-09-16
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 1 de 4)

JULIANA MORAES

2013-08-12
O LUGAR DA ARTE: O “CASTELO”, O LABIRINTO E A SOLEIRA

JUAN CANELA

2013-07-11
PERFORMING VENICE

JOSÉ GOMES PINTO (ECATI/ULHT)

2013-05-05
ARTE E INTERACTIVIDADE

PEDRO CABRAL SANTO

2013-04-11
A IMAGEM EM MOVIMENTO NO CONTEXTO ESPECÍFICO DAS ARTES PLÁSTICAS EM PORTUGAL

MARCELO FELIX

2013-01-08
O ESPAÇO E A ORLA. 50 ANOS DE ‘OS VERDES ANOS’

NUNO MATOS DUARTE

2012-12-11
SOBRE A PERTINÊNCIA DAS PRÁTICAS CONCEPTUAIS NA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

FILIPE PINTO

2012-11-05
ASSEMBLAGE TROCKEL

MIGUEL RODRIGUES

2012-10-07
BIRD

JOSÉ BÁRTOLO

2012-09-21
CHEGOU A HORA DOS DESIGNERS

PEDRO PORTUGAL

2012-09-07
PORQUE É QUE OS ARTISTAS DIZEM MAL UNS DOS OUTROS + L’AFFAIRE VASCONCELOS

PEDRO PORTUGAL

2012-08-06
NO PRINCÍPIO ERA A VERBA

ANA SENA

2012-07-09
AS ARTES E A CRISE ECONÓMICA

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-06-12
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (II)

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-05-21
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (I)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2012-03-19
A JANELA DAS POSSIBILIDADES. EM TORNO DA SÉRIE TELEVISION PORTRAITS (1986–) DE PAUL GRAHAM.

FILIPE PINTO

2012-01-16
A AUTORIDADE DO AUTOR - A PARTIR DO TRABALHO DE DORIS SALCEDO (SOBRE VAZIO, SILÊNCIO, MUDEZ)

ANANDA CARVALHO

2011-10-12
RE-CONFIGURAÇÕES NO SISTEMA DA ARTE CONTEMPORÂNEA - RELATO DA CONFERÊNCIA DE ROSALIND KRAUSS NO III SIMPÓSIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO PAÇO DAS ARTES

MARIANA PESTANA

2011-09-23
ARQUITECTURA COMISSÁRIA: TODOS A BORDO # THE AUCTION ROOM

FILIPE PINTO

2011-07-27
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (2.ª parte)

FILIPE PINTO

2011-07-08
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (1ª parte)

ROSANA SANCIN

2011-06-14
54ª BIENAL DE VENEZA: ILLUMInations

SOFIA NUNES

2011-05-17
GEDI SIBONY

SOFIA NUNES

2011-04-18
A AUTONOMIA IMPRÓPRIA DA ARTE EM JACQUES RANCIÈRE

PATRÍCIA REIS

2011-03-09
IMAGE IN SCIENCE AND ART

BÁRBARA VALENTINA

2011-02-01
WALTER BENJAMIN. O LUGAR POLÍTICO DA ARTE

UM LIVRO DE NELSON BRISSAC

2011-01-12
PAISAGENS CRÍTICAS

FILIPE PINTO

2010-11-25
TRINTA NOTAS PARA UMA APROXIMAÇÃO A JACQUES RANCIÈRE

PAULA JANUÁRIO

2010-11-08
NÃO SÓ ALGUNS SÃO CHAMADOS MAS TODA A GENTE

SHAHEEN MERALI

2010-10-13
O INFINITO PROBLEMA DO GOSTO

PEDRO PORTUGAL

2010-09-22
ARTE PÚBLICA: UM VÍCIO PRIVADO

FILIPE PINTO

2010-06-09
A PROPÓSITO DE LA CIENAGA DE LUCRECIA MARTEL (Sobre Tempo, Solidão e Cinema)

TERESA CASTRO

2010-04-30
MARK LEWIS E A MORTE DO CINEMA

FILIPE PINTO

2010-03-08
PARA UMA CRÍTICA DA INTERRUPÇÃO

SUSANA MOUZINHO

2010-02-15
DAVID CLAERBOUT. PERSISTÊNCIA DO TEMPO

SOFIA NUNES

2010-01-13
O CASO DE JOS DE GRUYTER E HARALD THYS

ISABEL NOGUEIRA

2009-10-26
ANOS 70 – ATRAVESSAR FRONTEIRAS

LUÍSA SANTOS

2009-09-21
OS PRÉMIOS E A ASSINATURA INDEX:

CAROLINA RITO

2009-08-22
A NATUREZA DO CONTEXTO

LÍGIA AFONSO

2009-08-03
DE QUEM FALAMOS QUANDO FALAMOS DE VENEZA?

LUÍSA SANTOS

2009-07-10
A PROPÓSITO DO OBJECTO FOTOGRÁFICO

LUÍSA SANTOS

2009-06-24
O LIVRO COMO MEIO

EMANUEL CAMEIRA

2009-05-31
LA SPÉCIALISATION DE LA SENSIBILITÉ À L’ ÉTAT DE MATIÈRE PREMIÈRE EN SENSIBILITÉ PICTURALE STABILISÉE

ROSANA SANCIN

2009-05-23
RE.ACT FEMINISM_Liubliana

IVO MESQUITA E ANA PAULA COHEN

2009-05-03
RELATÓRIO DA CURADORIA DA 28ª BIENAL DE SÃO PAULO

EMANUEL CAMEIRA

2009-04-15
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE TEHCHING HSIEH? *

MARTA MESTRE

2009-03-24
ARTE CONTEMPORÂNEA NOS CAMARÕES

MARTA TRAQUINO

2009-03-04
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA III_A ARTE COMO UM ESTADO DE ENCONTRO

PEDRO DOS REIS

2009-02-18
O “ANO DO BOI” – PREVISÕES E REFLEXÕES NO CONTEXTO ARTÍSTICO

MARTA TRAQUINO

2009-02-02
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA II_DO ESPAÇO AO LUGAR: FLUXUS

PEDRO PORTUGAL

2009-01-08
PORQUÊ CONSTRUIR NOVAS ESCOLAS DE ARTE?

MARTA TRAQUINO

2008-12-18
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA I

SANDRA LOURENÇO

2008-12-02
HONG KONG A DÉJÀ DISPARU?

PEDRO DOS REIS

2008-10-31
ARTE POLÍTICA E TELEPRESENÇA

PEDRO DOS REIS

2008-10-15
A ARTE NA ERA DA TECNOLOGIA MÓVEL

SUSANA POMBA

2008-09-30
SOMOS TODOS RAVERS

COLECTIVO

2008-09-01
O NADA COMO TEMA PARA REFLEXÃO

PEDRO PORTUGAL

2008-08-04
BI DA CULTURA. Ou, que farei com esta cultura?

PAULO REIS

2008-07-16
V BIENAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE | PARTILHAR TERRITÓRIOS

PEDRO DOS REIS

2008-06-18
LISBOA – CULTURE FOR LIFE

PEDRO PORTUGAL

2008-05-16
SOBRE A ARTICIDADE (ou os artistas dentro da cidade)

JOSÉ MANUEL BÁRTOLO

2008-05-05
O QUE PODEM AS IDEIAS? REFLEXÕES SOBRE OS PERSONAL VIEWS

PAULA TAVARES

2008-04-22
BREVE CARTOGRAFIA DAS CORRENTES DESCONSTRUTIVISTAS FEMINISTAS

PEDRO DOS REIS

2008-04-04
IOWA: UMA SELECÇÃO IMPROVÁVEL, NUM LUGAR INVULGAR

CATARINA ROSENDO

2008-03-31
ROGÉRIO RIBEIRO (1930-2008): O PINTOR QUE ABRIU AO TEXTO

JOANA LUCAS

2008-02-18
RUY DUARTE DE CARVALHO: pela miscigenação das artes

DANIELA LABRA

2008-01-16
O MEIO DA ARTE NO BRASIL: um Lugar Nenhum em Algum Lugar

LÍGIA AFONSO

2007-12-24
SÃO PAULO JÁ ESTÁ A ARDER?

JOSÉ LUIS BREA

2007-12-05
A TAREFA DA CRÍTICA (EM SETE TESES)

SÍLVIA GUERRA

2007-11-11
ARTE IBÉRICA OU O SÍNDROME DO COLECCIONADOR LOCAL

SANDRA VIEIRA JURGENS

2007-11-01
10ª BIENAL DE ISTAMBUL

TERESA CASTRO

2007-10-16
PARA ALÉM DE PARIS

MARCELO FELIX

2007-09-20
TRANSNATURAL. Da Vida dos Impérios, da Vida das Imagens

LÍGIA AFONSO

2007-09-04
skulptur projekte münster 07

JOSÉ BÁRTOLO

2007-08-20
100 POSTERS PARA UM SÉCULO

SOFIA PONTE

2007-08-02
SOBRE UM ESTADO DE TRANSIÇÃO

INÊS MOREIRA

2007-07-02
GATHERING: REECONTRAR MODOS DE ENCONTRO

FILIPA RAMOS

2007-06-14
A Arte, a Guerra e a Subjectividade – um passeio pelos Giardini e Arsenal na 52ª BIENAL DE VENEZA

SÍLVIA GUERRA

2007-06-01
MAC/VAL: Zones de Productivités Concertées. # 3 Entreprises singulières

NUNO CRESPO

2007-05-02
SEXO, SANGUE E MORTE

HELENA BARRANHA

2007-04-17
O edifício como “BLOCKBUSTER”. O protagonismo da arquitectura nos museus de arte contemporânea

RUI PEDRO FONSECA

2007-04-03
A ARTE NO MERCADO – SEUS DISCURSOS COMO UTOPIA

ALBERTO GUERREIRO

2007-03-16
Gestão de Museus em Portugal [2]

ANTÓNIO PRETO

2007-02-28
ENTRE O SPLEEN MODERNO E A CRISE DA MODERNIDADE

ALBERTO GUERREIRO

2007-02-15
Gestão de Museus em Portugal [1]

JOSÉ BÁRTOLO

2007-01-29
CULTURA DIGITAL E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

MARCELO FELIX

2007-01-16
O TEMPO DE UM ÍCONE CINEMATOGRÁFICO

PEDRO PORTUGAL

2007-01-03
Artória - ARS LONGA VITA BREVIS

ANTÓNIO PRETO

2006-12-15
CORRESPONDÊNCIAS: Aproximações contemporâneas a uma “iconologia do intervalo”

ROGER MEINTJES

2006-11-16
MANUTENÇÃO DE MEMÓRIA: Alguns pensamentos sobre Memória Pública – Berlim, Lajedos e Lisboa.

LUÍSA ESPECIAL

2006-11-03
PARA UMA GEOSOFIA DAS EXPOSIÇÕES GLOBAIS. Contra o safari cultural

ANTÓNIO PRETO

2006-10-18
AS IMAGENS DO QUOTIDIANO OU DE COMO O REALISMO É UMA FRAUDE

JOSÉ BÁRTOLO

2006-10-01
O ESTADO DO DESIGN. Reflexões sobre teoria do design em Portugal

JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

2006-09-18
IMAGENS DA FOTOGRAFIA

INÊS MOREIRA

2006-09-04
ELLIPSE FOUNDATION - NOTAS SOBRE O ART CENTRE

MARCELO FELIX

2006-08-17
BAS JAN ADER, TRINTA ANOS SOBRE O ÚLTIMO TRAJECTO

JORGE DIAS

2006-08-01
UM PERCURSO POR SEGUIR

SÍLVIA GUERRA

2006-07-14
A MOLDURA DO CINEASTA

AIDA CASTRO

2006-06-30
BIO-MUSEU: UMA CONDIÇÃO, NO MÍNIMO, TRIPLOMÓRFICA

COLECTIVO*

2006-06-14
NEM TUDO SÃO ROSEIRAS

LÍGIA AFONSO

2006-05-17
VICTOR PALLA (1922 - 2006)

JOÃO SILVÉRIO

2006-04-12
VIENA, 22 a 26 de Março de 2006


LOUISE LAWLER. QUALQUER COISA ACERCA DO MUNDO DA ARTE, MAS NÃO RECORDO EXACTAMENTE O QUÊ.



JOSÉ CARLOS DUARTE

2011-12-07




Louise Lawler (Bronxville, Nova Iorque, EUA, 1947) pertence a um grupo de fotógrafos nascidos na década de 1950, que formou a última geração a envolver-se com a prática fotográfica antes de se ter tornado parte integrante do mundo da arte contemporânea. Apesar de a partir dessa geração muitos artistas tenham passado a usar a fotografia como meio de expressão (preferindo ser designados como “artistas que usam a fotografia”), este grupo – que inclui Nan Goldin, Andreas Gursky, Rineke Djikstra, Thomas Struth e Philip-Lorca DiCorcia – comprometeu-se com a fotografia, não como uma estratégia artística, mas como expressão de uma consciência visual do nosso mundo [1].

Desde o início dos anos 80 que Louise Lawler se dedica à investigação – por vezes difícil de catalogar – das consequências dos palcos e dos bastidores da arte, questionando os dispositivos institucionais da sua veiculação e exibição que contaminam ou transformam a arte e o seu significado. O início da sua carreira coincide com o momento em que o mercado da arte foi atingido pelos mesmos valores especulativos que as principais bolsas mundiais, adicionando valor cultural e económico imediato aos seus proprietários [2].

Na sua primeira exposição oficial, uma colectiva no Artists Space em 1978, não apresentou qualquer peça sua. Pediu que lhe fosse cedida uma pequena pintura de 1883 de um cavalo de corrida e montou-a numa parede na galeria, sobre parte de um envidraçado. Colocou depois dois projectores de luz: um por cima da pintura, apontado em direcção ao espectador e impedindo a sua correcta visualização, e outro em direcção à janela, projectando essa forma no prédio em frente, sugerindo a quem passa na rua que algo notável poderia estar a acontecer no andar da galeria. Para além de sublinhar um acto de apropriação, a sua intenção era apresentar uma peça num contexto diferente, com um significado diferente. Uma pintura antiga seria algo estranho para ser exibido num espaço como o Artists Space, normalmente habituado a receber arte pós-moderna.

Quatro anos mais tarde, na primeira exposição individual (na Metro Pictures), reuniu um pequeno grupo de obras do acervo da galeria e exibiu-as sob um único título: Arranged by Louise Lawler. As peças deveriam ser vendidas em conjunto, como uma única obra cujo preço seria a soma das suas partes, acrescido de uma comissão de 10% para Lawler. Acabou por não ser vendida. Desde então, o seu trabalho – maioritariamente fotográfico – entrelaça uma variedade de papéis do meio artístico, passando pelo de artista, curadora, editora de fotografia, art dealer, designer gráfica, crítica e editora. Mas as suas fotografias enquadram também algumas ambiguidades como a relação da arte com a economia, o desejo, a transitoriedade, o prestígio, o género sexual e o poder.

O ponto de partida do seu trabalho poderia formular-se numa questão: o que acontece quando a obra de arte sai do estúdio da artista? Ao contrário de um fotógrafo que regista obras de arte para leilões ou museus, Lawler comporta-se como um detective, infiltrando-se pelos armazéns de museus e instituições, pelo branco imaculado das paredes de galerias contemporâneas, pelos bastidores das casas de leilões de arte, salas de reuniões empresariais ou mesmo pela intimidade de casas particulares. Lawler interessa-se maioritariamente pelo contexto específico da exibição de uma obra artística e não pelo objecto em si. Ao revelar os mecanismos, normalmente ocultos, inerentes à posse, circulação e exibição de arte, o seu trabalho parece conformar-se à categoria de crítica institucional que marcou parte do século XX, impulsionada pelos readymades de Duchamp. No entanto, a maneira como trabalha o tema e o exibe nos seus “arranjos fotográficos”, foge a tendências fáceis e a juízos de valor óbvios. Nas suas imagens, o espaço deixado entre os elementos fotografados, muitas vezes cortados pelo enquadramento, é por vezes proporcional à importância do que é deixado de fora, para interpretação pessoal do espectador. Outras vezes, a evidência de um Warhol pendurado numa parede vermelha, um Richter tombado no chão na posição lateral ou um Mondrian atrás de um cadeirão, provoca uma sensação semelhante à de abrir uma revista com detalhes sórdidos da vida íntima das estrelas de cinema.

Quando em 1984 teve acesso à colecção de arte das casas privadas do casal norte-americano Burton Tremaine, ao percorrer uma das casas em busca de imagens, Lawler poderá ter encontrado o cerne de todo o seu trabalho. Por entre as inúmeras obras de arte, dispostas segundo o critério do casal, uma antiga terrina de sopa e um torturado Jackson Pollock travam um improvável diálogo. Esse célebre registo mistura, na mesma imagem, uma crítica incisiva e uma paixão (por parte do casal) pelo lado estético na disposição dos dois objectos. Anos mais tarde, ironicamente, a colecção do casal seria quase totalmente desmembrada em leilão na Christie’s. Desde essa altura, o seu processo normal de trabalho – que não inclui fotografar muito – passa pela visita constante aos seus arquivos de imagens, em busca de novas potencialidades, novas relações, novos reenquadramentos a partir de trabalhos anteriores. Nem sempre – afirma – sabe o que está a fazer e muitos dos seus trabalhos não existiriam se não fosse colocada numa posição de compromisso para realizar uma exposição.

Sem pretensões de se tornar num expoente da arte feminista, Lawler não resiste, por vezes, ao comentário sobre a predominância masculina na história da arte. Numa imagem a preto e branco, tirada no Metropolitan Museum of Art, uma estátua de Perseu com a cabeça de Medusa é cortada exactamente pelo nível do pénis. Em Patriarchal Roll Call (1972/1981), recorrendo a um registo sonoro de si mesma, imita cânticos de pássaros em tom satírico, entoando nomes de artistas célebres do sexo masculino, tais como Andy Warhol, John Baldessari, Donald Judd, Vito Acconci ou Sol Lewitt.

Lawler apresentou publicamente Birdcalls pela primeira vez em 1981, quando, como previsto por Douglas Crimp, a Documenta 7 (1982) seria epicentro de discussões críticas acerca do mundo da arte, tocando o género de questões que Lawler pretende alcançar em Birdcalls. A publicação Art After Modernism: Rethinking Representation (New Museum of Contemporary Art, New York; David R. Godine, Boston, 1984), reúne um conjunto de textos que revelam uma unidade entre críticos e teóricos como Douglas Crimp, Hal Foster, Martha Rosler, Rosalind Krauss, Benjamin Buchloh, entre outros, na “luta” contra o modernismo e impulsiona o crescente pensamento pós-moderno à luz dos desenvolvimentos da arte contemporânea no campo do cinema, vídeo, fotografia e novas formas de comunicação. Colaborando com Brian Wallis, Lawler foi responsável pela selecção e disposição das imagens para essa publicação.

Um dos críticos nesse catálogo, Douglas Crimp, veio mais tarde a ser responsável por uma das poucas entrevistas a Lawler, no catálogo An Arrangement of Pictures (Assouline, Nova Iorque, 2000). Numa conversa, por vezes detalhada sem ser intrusiva, Crimp traz à luz do dia algumas das ideias que Lawler mantivera até então na obscuridade. Interrupção, esforço, memória, transacção, dor e distância – todos intervêm entre o observador e o objecto observado. Estes factores imateriais, afectam o que é material, conferindo-lhe valores e significados associados ao que é considerado arte. Um exemplo: em How Many Pictures (1989), um trabalho de Frank Stella é refletido no brilho de um piso de madeira. Onde está e qual é o verdadeiro Stella? Onde está a arte? E a imagem? Fora do enquadramento? No reflexo? Na fotografia do reflexo? Na memória? Na materialidade do trabalho de Stella, ou noutro lugar? [3]

Douglas Crimp já antes havia colaborado com Lawler num dos seus livros de ensaios, usando imagens da artista para suportar os vários ensaios. O livro, On the Museum’s Ruins (The MIT Press, 1993), reúne críticas à arte contemporânea, às suas instituições e às suas políticas, ao lado de imagens de Lawler, criando um projeto de colaboração que é por si só um provocante exemplo de prática pós-moderna. Nesses ensaios, Crimp elabora um novo paradigma do pós-modernismo através da análise de práticas artísticas, não só de artistas – como Robert Rauschenberg, Cindy Sherman, Marcel Broodthaers, Richard Serra, Sherrie Levine e Robert Mapplethorpe – mas também de críticos e curadores de exposições internacionais e de museus (novos ou remodelados). São analisados argumentos desses vários escritores, artistas e pensadores para melhor entender como as suas ideias contribuíram, ou contribuem, para a visão de museu e para os efeitos da arte no museu. Para Crimp, o museu está intrinsecamente ligado à fotografia e apoia-se no texto de André Malraux, Museum without Walls, para defender a ideia de que a fotografia se tornou no elemento homogeneizador das complexidades e diversidades do museu, colocando-o no seu devido lugar para no final o deixar morrer. Apesar desse efeito de homogeneizador, a fotografia torna-se parte da destruição e ruína do museu.

Em 1998, na instalação Something About Time and Space But I’m Not Sure What It Is, Louise Lawler põe à prova a capacidade de abrir um novo caminho sem cair na repetição de fórmulas anteriores mas no entanto assente nos mesmos elementos de até então. O artista central deste trabalho é Andy Warhol – o que mais prolifera em todo o seu trabalho. As almofadas insufláveis de Andy Warhol (Silver Clouds, galeria Leo Castelli, Nova Iorque, 1966) são o elemento central da instalação de Lawler, formada por imagens que flutuam no espaço, tingidas de cores brilhantes e psicadélicas, numa aparente alusão ao espaço de produção de Warhol. Desta vez, as imagens surgem desprovidas de elementos textuais ou expositivos típicos dos registos até então, e passam a sublinhar o que está fora de enquadramento: o espaço da galeria, onde as imagens se encontram suspensas, é agora, ele próprio, o contexto. Tudo parece circular à volta de um centro que não existe, vazio, à semelhança das almofadas flutuantes de Warhol.

Relativamente a este trabalho, Margaret Sundell disse: “(...) este trabalho de Lawler duplica-se a si mesmo, exibindo duas vezes a mesma informação. Como imagens, as fotografias retratam os balões prateados de Warhol. Como objetos, replicam-nos. Em qualquer dos casos, persistem como evocações a um original ausente. Ou não?” [4]. As imagens que constituem esta peça são fotografias de um reinstalação de 1998, cópia de uma cópia de uma obra produzida em massa, ou seja, nunca destinada a ser um original. A característica reflectora dos balões de Warhol, que transforma o objecto físico numa superfície de simulacro da sua envolvente, é inúmeras vezes usada por Lawler noutros trabalhos, nomeadamente em peças de Jeff Koons, como objectos que oscilam entre escultura e fotografia, usado pela própria artista como reforço visual do seu próprio processo.

O recurso a objectos escultóricos com características de produção em massa (copos, caixas de fósforos, guardanapos de papel, pisa-papéis), pontualmente usados em diferentes abordagens, sempre complementar às imagens nas exposições de Lawler. Esses objectos são por vezes interpretados com pequenas piadas sarcásticas sobre consumo, materialismo e o mundo da arte e acabam por veicular o seu trabalho sob como se de pequenos brindes publicitários se tratasse. Com Something About Time and Space But I’m Not Sure What It Is, Lawler assume uma maior importância na dimensão escultórica do seu trabalho e confere-lhe um novo significado.

Grande parte das imagens de Lawler, ganham significado no texto que lhes é associado, quer pelo título na legenda, quer por elementos textuais no próprio enquadramento – como etiquetas ou texto explícito. Imagem e texto associam-se num jogo visual que se aproxima ao acto de ler, transformando o acto fotográfico num intermediário de uma linguagem; ou contaminam-se mutuamente, por exemplo, ao associar títulos diferentes a imagens iguais, forçando novas leituras com interpretações distintas.

Ao longo da sua obra, Lawler tem vindo a desmascarar a gramática das imagens. Apesar de muitos terem aberto esse caminho de forma mais evidente e marcante, como Richard Prince e Sherrie Levine (por reapropriação ou recontextualização nestes casos), Lawler fá-lo com um low profile surpreendente e com um resultado pungente – um termo a que recorre insistentemente para descrever o seu trabalho. No entanto, o seu trabalho parece não ter mudado ao longo de todos estes anos, mantendo-se fiel aos seus constantes exercícios críticos de observação do mundo da arte. A arte sobre a própria arte é muitas vezes considerada irrelevante e associada a conotações negativas. O trabalho de Lawler, que parece fruir de seu próprio ponto de vista, resiste a essas conotações e espelha um profunda e genuína curiosidade. As suas anotações críticas são normalmente gentis, espirituosas e bem humoradas.

Individualmente, as suas imagens resultam esteticamente por si só. Mas ao sujeitarem-se à atenção de observadores, mais ou menos informados sobre os seus conteúdos, acabam por proporcionar prazeres fetichistas e abrir as cortinas da “vida privada” das obras de arte e dos seus bastidores. Ao revestirem-se de um registo documental acessível, podem provocar uma reacção surpresa a qualquer momento. Quanto mais o espectador conhece acerca dos elementos nas fotografias, mais vulnerável fica a um inevitável envolvimento. A partir desse momento, a observação do seu trabalho passa a ser feita com uma mistura de desconfiança, curiosidade, desconforto, incredulidade, surpresa ou mesmo desprezo.


José Carlos Duarte



NOTAS

[1] Press Release da sua galeria, 2008.

[2] Se nos anos 70 e 80 alguns artistas, como Marcel Broodthaers, Hans Haacke, Daniel Buren, e Michael Asher, haviam já chamado a atenção para a presença de poder económico e político no espaço aparentemente puro e neutro do museu, foram artistas como Victor Burgin, Andrea Fraser, Barbara Kruger, Sherrie Levine, Fred Wilson e Mary Kelly, entre outros, que ajudaram a sustentar essa teoria e estenderam essa crítica.

[3] Bruce Hainley, “Louise Lawler, An Arrangement of Pictures”, in Frieze, Janeiro de 2001.

[4] Margaret Sundell, “Louise Lawler, Metro Pictures”, Artforum, Abril de 2000. Texto original: “(...), Lawler’s work doubles back on itself, delivering the same information twice. As images, her photographs depict Warhol’s silver balloons. As objects, they replicate them. Either way, they remain evocations of an absent original. Or do they?”