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REFLEXÕES SOBRE O DESIGN NA ACTUALIDADE


1 – Design: essa aura com corpo.

Quando no final dos anos setenta, e sobretudo a partir da década seguinte, se começou a falar em pós-moderno – e em “pós-tudo” –, percebeu-se que um ciclo histórico se estava a finar. A pouco e pouco tornou-se óbvio que, entre a amnésia colectiva gerada pelo excesso de informação e o fim dos futuros “de ouro”, apenas ia sobrando o presente. E foi justamente a urgência em dar um novo sentido ao presente que acabou por dominar o pensamento filosófico das últimas décadas. Mas não só. Essa urgência também encontrou o seu símbolo, a sua forma e a sua adequação por excelência: o design.
O design deixou, portanto, de ser um simples molde da nossa cultura, ou o recorte “ecléctico” dos objectos públicos e privados que nos rodeiam, para passar a ser um modo de ver e fruir o mundo que reúne, no dia a dia, a eficácia, o conforto e a estética. Ao longo de séculos, o homem sonhou com o paraíso. É verdade que não o encontrou nem no céu nem na terra, mas, em vez desse sonho muitas vezes trágico, acabaria por reunir uma experiência única aquilo que o realiza em termos práticos (eficácia e conforto) e aquilo que o cumpre num plano que ressacralizou o vazio deixado pelos deuses (a arte e a estética).
O design é, pois, um dos sortilégios maiores do nosso tempo.
A emergência de novos materiais está a revolucionar a funcionalidade e a emoção globais. Estamo-nos todos a iniciar diariamente – sem tempo para pensar em impactos – numa nova galáxia onde abundam simulacros tácteis que podem ser fruídos com o corpo e com a percepção (cerâmicas flexíveis, espumas metálicas, condutores plásticos, emissores de luz capazes de memorizar as formas, fibras de carbono, etc.). Cada vez mais os produtos estão para além da forma e função para que terão sido imaginados. À liofilização alia-se, no nosso tempo, uma generalizada esteticização do mundo (o que antes comparecia dentro das rígidas paredes dos museus de arte contemporânea, comparece hoje no espaço que mundanamente se desenha à nossa volta).

2 – A ritualização dos objectos culturais.

A presença do design na nossa vida está a tornar-se na consecução da última utopia do século passado: fazer do presente um território habitável.
E o facto é que hoje vivemos definitivamente afastados do tempo em que tudo se investia a pensar num futuro perfeito, mas sempre adiado. Ou seja: hoje vivemos sobretudo imersos na quadratura infinita da rede e num limbo aberto onde confluem, cada vez mais, o público e o privado, a ficção e o real, o excesso de informação e o delírio global (é assim nos reality shows, nos media, nas metáforas políticas ou na publicidade).
E tudo nos chega alinhado, recortado e enunciado pela mão (às vezes paradoxalmente invisível) do design: os jornais que lemos, os passeios que atravessamos, os sites que visitamos, os copos por onde bebemos, as viaturas que guiamos, as camisas que vestimos, os telemóveis onde segredamos, as torneiras que abrimos, os ciberjogos que sonhamos ou as janelas que fechamos.
Nada parece, pois, escapar a um mundo de figuras e formas que, para além de garantir a eficácia e o bem-estar, também nos conta histórias ou efabula em voz baixa (como faziam os mitos da Antiguidade). Neste palco do dia a dia, o design deixou de ser apenas um revestimento: o que ele agora nos promete é o milagre da transformação do mundo físico envolvente numa imensa aura onde o nosso corpo acabará por rever-se, como nunca aconteceu em toda a história humana. É como se o design se estivesse a converter, diante de todos nós, no primeiro hardware que é, ao mesmo tempo, um puro e ilimitado software.
O que antes, ao longo da recente história moderna e industrial, se limitava a ser uma simples companhia instrumental do presente, está hoje, a constituir-se como um modo de o homem se cumprir, se realizar e, de algum modo, passe a alegoria, se salvar.
Esta quase ritualização dos objectos culturais que nos ordenam a vida e o sentido – à partida apenas ferramentas práticas e funcionais – é menos uma novidade e mais um reencontro. Lembremo-nos, por exemplo, dos báculos que apareciam inscritos em monumentos megalíticos e que, no seu tempo, eram, indiferenciadamente, objectos de culto e objectos de elementar pastoreio. Esta mistura já há muito que nos povoava a memória, mas hoje volta a correr-nos no sangue de um outro modo. Possivelmente como um navio sem velas nem mastros que decidiu submeter-se a uma súbita ordem dos ventos.
O caos respira onde não há imagens que lhe dêem sentido. Quando se criam imagens, a voragem tranquiliza-se. Era assim com Heraclito, em Éfeso, e é assim hoje por todo o lado. Pela mão do design. A nova mão de Deus, depois de Maradona.

3 – A neurobiologia e o design.

Quando olhamos à nossa volta, não é raro sentirmos nos objectos, nas mensagens e no design que lhes dá corpo uma espécie de pulsação. É como se o nosso corpo andasse por aí, fora de nós, perdido entre as imagens que calcorreiam o planeta a uma velocidade estonteante. O facto tornou-se tão comum que uma simples referência, como é o caso, acaba quase sempre por misturar um fio de surpresa com a mais elementar constatação do óbvio. Esta aparente invisibilidade do design é um dos aspectos mais fascinantes do seu triunfo no nosso dia a dia.
Nos últimos trinta anos muita coisa aconteceu para que tivéssemos chegado a esta troca de pulsações entre os objectos que nos vestem, transportam ou acomodam e nós próprios. Dou dois exemplos. O primeiro, já um clássico, deu pelo nome de “Lateral Thinking” (E. de Bono, 1970) e baseou-se na oposição entre a arrumação “vertical” da mente (sistema de “construção de padrões”) e as mensagens cujos formatos a conseguissem pôr em causa. As imagens “Benetton” dos anos noventa – hoje vulgarizadíssimas – constituíram um bom exemplo deste tipo de desmontagem, na medida em que obrigavam a suspender a padronização habitual da mente. O segundo exemplo tem apenas dois anos e apareceu por via das ideias de Lindstrom (“Brand Sense”, 2005) que estão agora a invadir o mercado sob o signo dos designs sensoriais: “saborear”, “cheirar”, “tactear”, para além dos mais clássicos “ouvir” e “ver” (Damásio acrescentar-lhes-ia certamente a variante “somatossensorial”). Estas duas formas visuais de atenção realçam, de modos diversos, a característica mais emblemática do design actual: fazer do presente um território realizável e crível que incorpore as nossas emoções e não um “mero trânsito”, como pretendiam os místicos medievais ou os ideólogos oitocentistas.
Os designs contemporâneos estão, pois, a estimular a migração dos nossos processos mentais e sensoriais, transformando o espaço público num complexo orgânico onde a nossa carne, as nossas pulsões e impulsos se revêem como se agissem no seu espaço mais íntimo.
Abruptamente, saltámos todos para cima do palco da tragédia grega. A grande catarse já lá vai e agora habituámo-nos a ser heróis ou vilões, tanto faz, que se entregam a um único desígnio: o desejo. É como se o riso, o choro, a livre associação de ideias, os pequenos prazeres ou a comoção que é própria dos grandes acontecimentos se libertassem das suas âncoras mais habituais para vaguearem, entre nós e nós próprios, de modo espontâneo. Este novo complexo orgânico – mais do que Big Brother, um verdadeiro Big Body especular e espectacular –, estando fora de nós, está também dentro de nós e sorri-nos diariamente nas ruas, nos Outdoors, nos objectos domésticos, na televisão, na arte pública, na moda, nos blogues, nos desportos, na comunicação política ou nos hipermercados.
Através do sortilégio do design, a cidade global é cada vez mais preenchida pelo espelho confortado do nosso corpo e por uma nova confidência que se está a reencontrar consigo mesma. A satisfação, o usufruto e a paixão estão a fixar-se na cultura material que nos envolve como um segundo ar, tão sintético quanto espiritual.
Há uma nova ergonomia que nos está, a pouco e pouco, a levar o corpo (e as pulsações) para fora de si. Há uma nova encarnação que está a dar-nos de volta, no quotidiano mais insuspeito, o corpo, a alma e o pathos. Há um novo e deus em cena a escrever direito por linhas muito subtis.

4 – O design possibilita a repetição sem niilismo.

No nosso tempo, a repetição deixou de ser um ritual. Sem qualquer negativismo o afirmo. É que se o rito tornava actual um mito, a repetição apenas torna actual a própria actualidade. Ao contrário do que Nietzsche disse, “Deus” não morreu. Pelo contrário, “Ele” desceu à Terra e transformou a repetição na nova “Escritura”. Ao fim e ao cabo, a repetição é o alicerce do estado generalizado de sedução em que o nosso espaço público se tornou. Neste novo reino sagrado, a conquista persuasiva do sentido passou a exceder de longe a verdade (e, naturalmente, pouco se importa com ela). É assim em todos os tipos de comunicação que hoje se “criam” (na esfera política, publicitária, institucional, etc.). E é assim, naturalmente, no âmago do código genético que os possibilita a todos: o design.
No nosso mundo, aparentemente, os profetas já deixaram de comer rolos de papel revelados por “Deus”. Estamos muito longe desses actos únicos e irrepetíveis, próprios dos ritos religiosos, ou da “aura” que foi tema em autores que pressentiam uma espécie de pecado mortal na reproductibilidade técnica moderna. No presente, a repetição deixou de ser uma doença para passar a ser um estado que excita e motiva todos os desejos: o corpo perfeito, a casa ideal, o transporte adequado, a notícia palpitante, o ciberjogo vitorioso, o perfume intrigante, a viagem aventurosa, o portátil ecléctico, a comida rápida, a coluna de som espiritual, as luvas sensuais, a bebida energética, o discurso feliz, os sapatos ecológicos ou o blogue sempre fabuloso.
A nova arquitectura da volúpia é, ao mesmo tempo, uma realidade das imagens e uma realidade do nosso mundo mais íntimo. Ambas partilham a mesma fonte: a repetição como forma neural de dar vida à sedução. E o mais curioso é que a repetição não parece cansar-nos, nem perturbar-nos. Por vezes, cativa, hipnotiza e toca-nos liturgicamente no fundo da alma. E porquê? Justamente, porque o design possibilita a repetição sem niilismo. É essa a sua função primordial: permitir incessantemente, e sem limites, o fluxo do desejo. É, pois, o design que faz respirar a cultura material, para que ela, por sua vez, nos seduza sem parar: repetindo sempre o aceno e o sopro como se estes não tivessem origem nem fim. Talvez tudo isto seja afinal o “Juízo Final” mais benevolente e inesperado que alguma vez esperámos de “Deus”.

5 – Design, conceitos e imagens.

Os textos apocalípticos de Daniel (1) são uma verdadeira enxurrada de imagens. No capítulo 7, as imagens chegam a sobrepor-se aos eventos que se relatam: “Considerava eu, na minha visão nocturna, os quatro ventos do céu precipitarem-se sobre o grande mar. Surgiram do mar quatro grandes animais, diferentes uns dos outros” (7,2-3). Esses animais fabulosos são depois descritos um a um: o primeiro “era semelhante a um leão, mas tinha asas de águia”, o segundo era “semelhante a um urso”; o terceiro era parecido a “uma pantera que tinha sobre o dorso quatro asas de ave” e, por fim, o mais “aterrador”, tinha “enormes dentes de ferro (…) e dez chifres” (7,4-8). Na narrativa, a vitória do “filho do homem” sobre as quatro “bestas” funciona como alegoria para os males da terra que, deste modo iconográfico e mágico, se vão expiando.
Muito mais tarde, os românticos e os expressionistas também trataram as imagens por tu, mas libertaram-nas dos conceitos a que tinham estado secularmente amarradas. Os primeiros acreditaram na imaginação livre dos artistas, enquanto os segundos preferiram as visões às simples fantasias. É nesta era que liga a primeira revolução industrial à consolidação de um mundo urbano, consumista e moderno que o design cresce e amadurece.
O design beneficiou muito desta separação entre imagens e conceitos e, de certa forma, absorveu-a como uma mais-valia única.
Por um lado, o design pôs à prova soluções conceptuais. E fê-lo, quase sempre, com eficácia e com um grande poder de resolução. O extraordinário no design é, de facto, a sua capacidade de aplicar, aliando a funcionalidade e as respostas a problemas concretos ao antigo espaço da alegoria (a cadeira de praia que parece uma sereia). Por outras palavras: para além de encontrar soluções, o design habituou-se a criar um espaço estético no seio do qual as imagens parecem acenar a certos relatos (ou mitos) que não são narrados mas antes evocados.
Por outro lado, os conceitos puseram à prova o design. Daí que o design tenha reconfigurado todo o nosso universo mundano: dos pequenos objectos do dia a dia aos artefactos tecnológicos, dos interfaces que difundem informação aos nossos próprios corpos e desejos.
Esta dupla relação entre design e conceitos foi – e continua a ser – uma relação bastante elástica e flexível. E a razão é óbvia: entre ambos os campos, na chamada área do projecto, o uso das imagens passou a ser cada vez menos condicionado e instrumental. É por isso que o profeta Daniel, se vivesse no nosso tempo, já não precisava de alegorias para comunicar e revelar. Bastar-lhe-ia tão-só o design. E porquê? Porque o design tornou o mundo em imagens, cartografando-o como, no tempo dos Descobrimentos, a natureza mais selvagem se transformou num conjunto de mapas e de representações. Ao contrário de Daniel que tentava contar-nos os sonhos de Deus, o design aprendeu a viver num mundo onde conceitos e imagens, um tanto à deriva, voltaram a ser parte desse sonho.
Mas um sonho em que todos podemos tocar. Um sonho de que todos sentimos o pulsar profundo. Um sonho que, porventura, nos redime dos espantalhos dos antigos dogmas, doutrinas e ideologias pesadas.

6 – O Triunfo do design.

O design está hoje a encontrar na tecnologia a sua realização quase plena. Não apenas reúne o que sempre se pensou serem opostos (razão e mito, técnica e arte), como está a ajudar a libertar a arte da sua sacralização moderna, misturando-a com objectos do nosso quotidiano. Cada vez mais, o design age nessa película muito fina que aproxima o corpo e os sentidos daquilo que os envolve. Razão pela qual o design é mais susceptível de uso, usufruto e fruição do que de discussões teóricas acaloradas. À excepção de alguns centros de investigação (UNIDCOM/IADE, FBAUL, CIFAD, etc.), o design quase se contenta em incorporar. Ou seja: em dar ao corpo a sua nova e inesperada pele. Eficaz e bela, funcional e mágica, prática mas visceralmente estética.
O “sonho” do “resgate estético da quotidianidade”, a que há dezoito anos se referia Gianni Vattimo a propósito do design, na sua obra A Sociedade Transparente, parece agora estar a tornar-se numa realidade evidente. E é claro que a realização do design é, ao mesmo tempo, um facto tecnológico e o resultado da massificação do – chamemos-lhe – ‘antigo altar’ das artes.
Poderia mesmo dizer que estamos, quase silenciosamente, a assistir ao triunfo do design.



Luís Carmelo, Escritor, Ensaísta e Prof. Associado da Escola Superior de Design (IADE).



(1) Daniel, Antigo Testamento em Bíblia Sagrada, Difusora bíblica, Lisboa, 2000, Pp.1421-1451.