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ARQUITETURA E DESIGN




Atlas of Urbanity I, 2019: Western Europe - 1:10'000'000. Cortesia Atlas of Places.


Atlas of Urbanity I, 2019: France - 1:3'000'000. Cortesia Atlas of Places.


Atlas of Urbanity I, 2019: Germany - 1:2'500'000. Cortesia Atlas of Places.


Atlas of Urbanity I, 2019: Italy - 1:3'000'000. Cortesia Atlas of Places.


Atlas of Urbanity I, 2019: Spain - 1:3'000'000. Cortesia Atlas of Places.


Atlas of Urbanity I, 2019: Portugal - 1:2'000'000. Cortesia Atlas of Places.

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SORAIA FERNANDES


 

 

A disseminação tão célere e alargada de um vírus é a imagem de um mundo contemporâneo fortemente vincado por uma (ainda crescente) globalização, onde tudo está conectado. Um mundo onde quase todos viajam, onde horas bastam para que uma encomenda nos chegue às mãos. As redes de difusão são extraordinariamente vastas e propícias ao transporte de indivíduos e bens, bem como à disseminação de um qualquer vírus altamente contagioso como o que enfrentamos hoje.

Olhar um mapa de fluxos e deslocações intensas entre grandes centros económicos, entre parceiros de indústria, do sector alimentar, ou para destinos de viagens turísticas, para os quais todos activamente contribuímos, é ver a cara da desterritorialização mundial. Como dizia José Gil, no artigo que escreveu no Jornal Público [1], ao disseminar-se, o vírus da pandemia não fez mais do que percorrer o mapa mundial da desterritorialização.

E num ápice, o planeta estava paralisado por uma emergência sanitária para a qual ainda não se consegue avaliar as reais consequências sociais, políticas e económicas.

Embora se diga que estamos na presença da maior interrupção da “normalidade” e da vida quotidiana desde as duas guerras mundiais, importa lembrar que este não é o primeiro vírus ou a primeira pandemia que atravessamos [2], e não será com certeza o último. Ter consciência desse facto, permite-nos reflectir sobre uma resposta ao problema muito mais alargada. Até porque a incidência e gravidade com que o vírus afecta cada país ou população dependente proporcionalmente das suas condicionantes sociais. As epidemias “apenas” expõem e ampliam as desigualdades sociais, raciais, económicas, onde ter uma habitação na qual podemos estar confinados é já um reflexo de contexto muito próprio.

Por acreditar que não devemos perder a capacidade de análise sob uma perspectiva global do problema, penso que o papel da arquitectura é o de reflectir, embora a diferentes escalas e contextos, numa abordagem mais holística e que consiga o melhor equilíbrio entre as partes.

As perguntas são muitas e, naturalmente, ainda muito especulativas, como aliás qualquer reflexão que se faça neste período. Questionam-se os benefícios de cidades densas e hiper populadas, onde a concentração de habitantes/m2 é alta e, por isso, os rácios de contágio também. Analisam-se novos modelos para o urbanismo das cidades, onde a introdução de espaços verdes, não só contribui para o pulmão da cidade, como permite baixar a densidade populacional e criar barreiras de contágio. Há quem acredite que poderá voltar-se a um modelo de sociedade mais rural e mais distante dos grandes centros, com um contacto mais íntimo com a natureza.

Mas terão as cidades de alterar o seu hardware?

Ou bastará alterar a forma como usamos as cidades para que as possamos adaptar facilmente a cenários de crise? Será que a pandemia veio impor novos problemas às lógicas de organização ou apenas ampliar os problemas que já existem nas cidades?

A rápida adaptação ao teletrabalho e a virtualização das relações sociais e profissionais veio provar que o trabalho remoto é cada vez mais uma possibilidade do mundo contemporâneo. (O ministro do Trabalho alemão quer, inclusive, consagrar definitivamente na legislação o direito ao teletrabalho.) E, na verdade, isso possibilitar-nos-ia viver num modelo de organização mais disperso, rural e isolado (modelo defendido por muitos). Mas não seria esse o caminho para uma sociedade mais segmentada, fechada e repartida, onde a emergência daria lugar ao individualismo e ao isolamento? Seria viável do ponto de vista dos recursos e infraestruturas? Não seria uma irresponsabilidade do ponto de vista ecológico?

Haverá sempre famílias a viver nas grandes cidades com uma casa de campo num local remoto para onde, nas suas férias ou nestas situações, se deslocam. Mas não me parece, de todo, que seja essa a resposta a um futuro, mais ainda quando cuidar do planeta é a nossa urgência.

Jacques Herzog entrevistado por Andreas Ruby, director do SAM (Swiss Architecture Museum), para uma das muitas conversas online que surgiram neste período, expõe a sua preocupação para com os modelos radicais de urbanismo, os novos trends, e defende uma abordagem bastante objectiva e ponderada para as cidades. Sugere o conceito de campus, com paralelismos óbvios com as organizações monásticas, nas quais existe um estilo de vida poli-funcional. Na sua perspectiva, a resposta poderia passar por contrariar áreas de cidade (ou mesmo de edifícios) monofuncionais em prol de programas que se complementam e resultam em campus auto-suficientes. No limite, uma cidade poderá ser um conjunto de pequenos aglomerados, uma articulação entre campus, entre unidades, onde a natureza se interpenetra, mas sempre numa lógica contrária à da dispersão no território. Assim, não só se permitiria controlar localmente uma pandemia, em períodos de crise, como estaríamos mais perto de uma lógica de colectivo e de comunidade local, com a riqueza das suas identidades e contextos geográficos próprios.

Além do mais, a nossa responsabilidade é a de manter a biosfera e os recursos naturais o mais possível e não os podemos excluir de qualquer resposta ou adaptação aos novos modelos de cidade. Pensar esses campus polifuncionais, com espaços públicos à escala local, com faixas verdes que, além de nos permitir criar barreiras de transmissão, nos ajudam a reduzir o aquecimento global e a introduzir espaços de prazer ao ar livre, parece-me um caminho com futuro. Mais: promover edifícios polifuncionais e flexíveis do ponto de vista do uso e tipologia, áreas programáticas mistas, criar vários pulmões associados aos tais campus e projectar segundo uma lógica de colectivo.

Como referi anteriormente, o carácter de qualquer reflexão neste período é meramente especulativo. Mais ainda, porque não haverá uma resposta igual para todos. Cada continente, cultura ou país terá de responder à sua escala, com os seus recursos e identidades. No entanto, e sendo certo o que José Gil dizia, “os vírus mudam o tempo todo. Mas as circunstâncias nas quais uma mutação se torna uma ameaça à vida dependem das ações humanas”, não nos podemos demitir da responsabilidade social que é a de reflectir e caminhar para um futuro melhor.

Juntos, claro.

 

 


Soraia Fernandes
Mestre em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto/FAUP e pela Technische Universität Berlin /TUBERLIN. Pós-Graduação em Estudos de Arte, com especialização em Estudos Curatoriais, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto /FBAUP.

 


:::

 

Notas

[1] Refiro-me ao ensaio “Pandemia e capitalismo numérico”, escrito por José Gil e publicado no dia 12 de Abril 2020, no Jornal Público.

[2]
1918-1920 / Gripe espanhola (H1N1), com cerca de 50 milhões de mortes.
1957-1958 / Gripe asiática (H2N2), com cerca de 1,1 milhão de mortes.
1968 / Gripe de Hong Kong (H3N2), com cerca de 1 milhão de mortes.
2002-2003 / Epidemia de SARS, com 8096 casos e 774 mortes.
2009-2010 / Gripe suína (H1N1), entre 700 milhões e 1,4 bilhão de infectados