Links

ARQUITETURA E DESIGN




Vista da exposição Pádua Ramos: Da Arquitetura ao Design, Casa do Design, Porto. © Fernando Miranda / ESAD 


Vista da exposição Pádua Ramos: Da Arquitetura ao Design, Casa do Design, Porto. © Fernando Miranda / ESAD 


Vista da exposição Pádua Ramos: Da Arquitetura ao Design, Casa do Design, Porto. © Fernando Miranda / ESAD 


Vista da exposição Pádua Ramos: Da Arquitetura ao Design, Casa do Design, Porto. © Fernando Miranda / ESAD 


Vista da exposição Pádua Ramos: Da Arquitetura ao Design, Casa do Design, Porto. © Fernando Miranda / ESAD 


Pádua Ramos, Aparador.

Outros artigos:

2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN

CARLA CARBONE


 


A obra de Pádua Ramos representa uma ruptura com as referências formais do movimento moderno, no entanto, esse posicionamento não esgota o quadro de operacionalidade do designer [1], tão pouco o limita.

Não é fácil inscrevê-lo num padrão parcelar, e unidimensional do projecto. Ramos é profuso e profícuo nas suas criações. Encarna o que se poderia chamar, perfeitamente, a figura do contemporâneo. Viveu o seu tempo, é certo, mas também operou no domínio do contemporâneo, no sentido dado por José Gil, o do artista que, na sua mente, residiu em tempos outros, múltiplos, diferentes do seu.

Nesta alusão exuberante, exterior ao tempo, nesta irradiação espacial, é impossível não relacionar os seus objectos aos de outros designers e artistas, bem como movimentos do seu tempo e de tempos anteriores, ou até vindouros, se encararmos a sua obra como, de certo modo, o resultado de uma sensibilidade visionária, face ao que era realizado no período em que trabalhou, e em comparação com os seus pares.

Neste vogar pelos vários tempos, que é a sua obra, é muito difícil não relacionar os seus objectos, em referencial, com obras do seu tempo, especialmente na pintura. O tratamento vivo, e liso [2] da cor, sobre a superfície plana da tela, as formas geometrizadas, a sugestão dos volumes, propostos nos anos 70, desencadeiam uma tentadora necessidade de associar Ramos, nos termos de influências, ao trabalho pictural hard hedge de António Palolo [3], à pintura de António Charrua, ou à obra de Álvaro Lapa.

A sugestão de o associar, num arco temporal, a assombros artísticos, prefigura-se, sobretudo nas silhuetas em pexiglass de Lourdes Castro [4], nomeadamente na assemblage de objectos do quotidiano, presentes na obra Ombre portée d’un sac à provisions, de 1966, na obra Ombre Portée jaune fluorescente (1966) ou em In the Café, de 1964.

De facto, sem haver conhecimento de que o designer pudesse conhecer a obra da artista, a semelhança do Candeeiro de mesa, 1985, de Pádua [5], com estas obras de Castro, em pexiglass, é impressionante. Assim como as obras de artistas estrangeiros, de Bridget Ryley (Fragments, 1965) a Roy Lichtenstein (Landscapes, 1967), ou ainda a Judd e a sua literalidade (este último mencionado pelo uso, nas suas obras, do metal em justaposição ao pexiglass), denunciam a possibilidade de o designer as ter vislumbrado antes, e até ter, no campo apenas muito remoto das hipóteses, constituído uma matriz de referência.

Na verdade, e a propósito das possíveis referências a Donald Judd nos objectos de design, Dorfles afirmava, em 1969, que a aparência do mobiliário da época se assemelhava não somente aos objectos industriais, mas também ao minimalismo na arte [6], nomeadamente as estruturas essencialistas, feitas em metal e plástico [7], de cores vivas.

Continuando este devaneio vertiginoso sobre as potenciais correspondências que possam ter existido na obra de Pádua, com outras manifestações de cariz projectivo ou artístico, podemos apontar para o exemplo das peças de design: Espelhos de Mesa, de 1985, ou Aparador, 1989. Aparentam uma afinidade com as correntes de design declaradas por Edward Luci-Smith, especialmente a Pop Art, a Deco Revival (ou Retro), ou o pós-moderno inicial, embrionário na década de 60 do século XX [8]. Sem esquecer o movimento de Design Radical, que cumpriu um papel fundamental e humanizador, e de contestação social do design, face aos preceitos less is more, promovidos pelo modernismo clássico de Breuer, Mies, e Le Corbusier.

A celebração de cor, nas peças de Pádua, como a exemplo, o Aparador voluptuoso, de formas femininas e de cor amarela, 1989, os sinuosos Candeeiros de pé do Hotel Solverde, 1989, estes de linhas mais contidas, afirmam a importância do pós-modernismo ecléctico, e do revivalismo Deco, mas também a presença de uma relação mais próxima do design com a vida, mais humanizada com as pessoas, um design mais ligado aos desejos, aos sentidos e às emoções (do utilizador), e por fim, ao “objecto significante” [9], como descreve Maria Milano no livro editado, pela ESAD: “Pádua Ramos/ Do maneirismo à cultura Pop”.

A crítica Barbara Radice, no seu ensaio Memphis e Fashion [10], reforça o conceito pós-moderno de Sottsass, do objecto significante, comunicante, efémero, e inútil.

Para Radice: “Memphis (…) seduz. Seduz pelas suas enigmáticas e contraditórias qualidades”.

E é verdade que os aparadores coloridos de Pádua Ramos, pela cor fulgurante que ostentam, e o brilho admirável que revelam nas superfícies, maravilha-nos e encanta-nos, a ponto de nos prender, de nos tornar cativos.

As suas qualidades estéticas fazem-nos recordar a relação de Pádua com a arte, ele próprio um coleccionador. E de como acreditava que ser coleccionador o tornava mais exigente enquanto arquitecto: "a arquitectura não termina nas paredes, antes recria o design, nos espaços interiores, na concepção dos próprios objectos decorativos" [11]

Esses objectos sedutores, também evidenciam um sentido apurado nos acabamentos, uma atenção redobrada nos pormenores, não fosse Pádua Ramos um designer com uma formação sólida e um passado operativo comum aos seus contemporâneos, assente no desenho de formas racionais e modernas, como as peças que projectou na década de 50 do séc. XX, nomeadamente os aparadores desenhados em 1955, bem distintos dos posteriores (relativos aos anos 80), porém não menos impressionantes e muito bem acabados.

É no móvel de gavetas (1986) de padrão modular, e cor rosa, que mais se evidencia essa relação que Pádua estabeleceu com a arte. E também com o seu tempo, nomeadamente com Sottsass, e Shiro Kuramata, e o seu 49 Drawers, este último referência sugerida por Maria Milano, no excelente livro publicado sobre a obra de Pádua, em três tomos, um dedicado à actividade do design, outro à obra arquitectónica, e ainda outro à experiência de Pádua enquanto coleccionador.

Não se pode afirmar, com toda a certeza, que o design realizado por Pádua, nos anos 80, tivesse sido o resultado de uma influência directa com a obra de Ettore Sottsass, porém, é impressionante a semelhança estilística encontrada nas edições desenvolvidas pela empresa Poltronova, empresa fundada em 1960, na Toscânia, pelo próprio Ettore Sottsass, Paolo Portoghesi, Giovanni Michelucci, Angelo Mangiarotti, e os grupos radicais, Superstudio e Archizoom.

A mesma exuberância, a mesma acuidade, e a irreverência observada em Pádua, poderia ser encontrada nas peças italianas, Superonda, 1967, da Archizoom Associati, Farfalla, de 1968, do mesmo grupo; nos candeeiros Gherpe, do grupo Superstudio, e os seus mecanismos basculantes; nas peças Plassifora de 1966, Superstudio - fazendo analogia aos troféus e jarras de Pádua - e finalmente nas peças Cessato Allarme, de 1986, criadas pelo estúdio De Pas, D'Urbino, Lomazzi.

Desconhecendo o impacto que os objetos Cessato Allarme tiveram em Pádua, o certo é que os seus candeeiros de pé, de cores primárias, realizados em 1989, para o Hotel Solverde, oferecem algumas semelhanças formais com os candeeiros italianos. E uma forte evidência da aplicação inteligente de referências do seu tempo, aliando, de modo peculiar, as formas, que pertencem ao pós-modernismo, com as formas silenciosas do modernismo. Um casamento/reconciliação que Pádua consegue fazer de modo magistral. Sublinhando, assim, uma das principais características do movimento pós-moderno, evidenciado por Radice, a capacidade de se metamorfosear, "de se esvaziar de significado, e de se carregar de enigmas" [12].

Pádua Ramos foi um designer que soube viver o seu tempo, fundir-se nele, e, ao mesmo tempo, sair com agilidade, voejando sobre outros tempos, de igual forma, e com semelhante comprometimento.

Esse andejar sobre a história do design, o assumir a memória e a emoção, bem como o deleite nas formas e o prazer para a vista, não só foi fonte de enriquecimento para a sua obra, como determinou o engenho do designer de aproveitar essas influências na criação de objectos originais, de autoria marcadamente nacional, onde o novo [13] se alia à tradição, e o pós moderno - com a complexidade e contradição que a reveste [14] - ao moderno, mesmo com as dificuldades encontradas no seio de uma indústria que não conseguia acompanhar o desenvolvimento técnico registado [15], até então nas potências mundiais.

A exposição, Pádua Ramos: Da Arquitetura ao Design, com curadoria de esad—idea, Investigação em Design e Arte, agora patente na Casa do Design, em Matozinhos, pode ser visitada até 5 de Maio de 2024, e conta com algumas peças do designer, uma cronologia detalhada que se sucede ao longo da parede, e ainda uma edição de três volumes sobre a sua ampla obra.

 

 

Carla Carbone
Estudou Desenho no Ar.co e Design de Equipamento na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Completou o Mestrado em Ensino das Artes Visuais. Escreve sobre Design desde 1999, primeiro no Semanário O Independente, depois em edições como o Anuário de Design, revista arq.a, DIF, Parq. Algumas participações em edições como a FRAME, Diário Digital, Wrongwrong, e na coleção de designers portugueses, editada pelo jornal Público. Colaborou com ilustrações para o Fanzine Flanzine e revista Gerador.

 

:::


Notas

[1] Luís Pádua Ramos também foi arquitecto.
[2] História da Arte em Portugal, vol. Pintores. Alfa. Pág. 224.
[3] Ibidem.
[4] Ibidem, pág. 154.
[5] O candeeiro King Sun (1967), de Gae Aulenti, desenhado para a editora Kartell, em 1967, também sugere semelhanças, com o candeeiro de mesa, de Pádua, nos domínios técnico e morfológico.
[6] Lucie-Smith, E. (1995) Furniture. A Concise History, Thames and Hudson, pág. 198.
[7] Ibidem, pág 199.
[8] Ibidem, 195.
[9] Milano, M (2018) Pádua Ramos/Do maneirismo à cultura Pop. Vol. 2. esad – ideia. Pág. 15.
[10] Radice, B (1984) Memphis and Fashion. The Industrial Design Reader. Ed. Carma Gorman. 2003. Pág. 204-205.
[11] Milano, M (2018) Pádua Ramos/Do maneirismo à cultura Pop. Vol. 2. esad – ideia. Pág. 15.
[12] Radice, B (1984) Memphis and Fashion. The Industrial Design Reader. Ed. Carma Gorman. 2003. Pág. 204-207.
[13] Milano, M (2018) Pádua Ramos/Do maneirismo à cultura Pop. Vol. 2. esad – ideia. Pág. 15.
[14] Venturi, R. (1966) Complexity and Contradiction in Architecture. The Industrial Design Reader. Ed. Carma Gorman. 2003. Pág. 184-185.
[15] Ibidem.