Vista da exposição | Imagem: Fabio Salvo


Rui Toscano | Imagem: Fabio Salvo


São Trindade | Imagem: Fabio Salvo


António Caramelo | Imagem: Fabio Salvo


Fabrizio Matos | Imagem: Fabio Salvo


João Fonte Santa | Imagem: Fabio Salvo


Jorge Feijão | Imagem: Fabio Salvo


Inez Teixeira | Imagem: Fabio Salvo


Gustavo Sumpta e Pedro Cabral Santo | Imagem: Fabio Salvo

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Dive in


António Caramelo, Fabrizio Matos, Gustavo Sumpta, João Fonte Santa, Jorge Feijão, Luís Alegre, Inez Teixeira, Pedro Cabral Santo, Rui Toscano, São Trindade e Tiago Duarte 

Curadoria victor pinto da fonseca 


Imaginação é o veículo da sensibilidade. Transportados pela imaginação (efectiva), alcançamos a vida, a própria vida que é a arte absoluta. Yves Klein 

Dive in parte da obra “Le saut dans le vide” (1960) de Yves Klein; da intenção de invocar a ideia que a arte transporta um ideal de liberdade, fundado no saber, no conhecimento, na experiência, no rigor e na beleza que nos permite imaginar um mundo melhor. Desde as suas origens, a arte tem sido o elemento regenerador de toda a cultura, razão para que o tempo presente deva ter uma relação necessária e vital com a arte. 
A exposição decorre do actual contexto de precaridade e empobrecimento: é uma construção conceptual - associada à ideia de liberdade e à ideia de autonomia em sentido amplo. A temática -elástica na sua aplicação- pretende transpôr para a exposição um conceito de reflexão analítico, manifesto privado, revelação do momento actual, da necessidade de se reactivar a imaginação e a sensibilidade. 
Dive in nutre-se também do pensamento de Franco Biffo Berardi , filósofo italiano, que considera a noção de recuperação económica uma completa mitologia nas circunstâncias socio-económicas actuais. 

Para Biffo a crise actual é algo mais fundamental que uma crise económica, é essencialmente a crise da imaginação social e requer uma nova atitude, um modo de reactivarmos a sensibilidade (sensibilidade é o talento intelectual para percebermos o que não pode ser verbalizado e é vitima da precaridade e fragmentação do tempo actual). 

Escreve Franco Berardi: “Eu não quero dizer que devêssemos opor uma acção estética ao poder do capital. Não sou tão ingénuo. (...) Estou à procura (mas ainda não encontrei a resposta), de uma forma eficaz para destruir o poder opressivo, depressivo e empobrecedor do capitalismo financeiro, que se baseia essencialmente na submissão da sociedade. Por que razão a sociedade se submeteu tão facilmente? Esta é a questão que tem que ser explicada e compreendida. As pessoas sabem que os bancos estão a destruir as suas vidas. Nem toda a gente compreende isto, mas uma grande parte da sociedade sabe-o. As pessoas sabem mas são incapazes de alterar o automatismo das suas vidas diárias. Têm crianças e porque é que as pessoas têm crianças? Ora aí está algo que não compreendo; as pessoas precisam de comprar um automóvel e enche-lo com gasolina, precisam de dinheiro porque só o dinheiro compra estas coisas. São obrigados a aceitar a chantagem e isto vai modelando lentamente as suas mentalidades, as suas sensibilidades, as suas expectativas. Por isso as pessoas tentam não pensar naquilo que sabem. O capitalismo está a destruir as suas vidas, porque estas são as únicas vidas que são capazes de imaginar e viver. 
O problema é que o capitalismo contemporâneo não pode ser alterado mudando as leis. Não só os políticos são intrinsecamente corruptos - se queres ter poder, precisas de dinheiro, tens que ser suportado pelos grandes media e por aí fora - como a máquina da decisão política é incapaz de mudar o automatismo do dia a dia. Só mudando coisas como a nossa expectativa ou a nossa forma de viver na cidade pode desgastar o poder do capital. Para mudarmos o dia a dia precisamos de solidariedade mas a solidariedade foi destruída pela precariedade e competição. 
O problema é a autonomia - a capacidade actual para nos desviarmos dos automatismos que suportam e favorecem o poder. Eu penso que autonomia só é possível quando as pessoas se tornam capazes de mudar as suas vidas diariamente - cortando os links da dependência ao consumo e do abuso da boa-fé, por exemplo. Mas não tenho a certeza que possamos ter êxito criando uma frente efectiva de resistência, porque a dissolução da força trabalhadora não tem sido um problema de organização mas sim um problema das expectativas culturais e formas de vida. 
De qualquer modo, agora é tarde: a tempestade está aí e nós não temos abrigo”. 

Dive in foi concebida para artistas implicados socialmente de uma auspiciosa generosidade para o que aí vem; partilham consistentes percursos artísticos e backgrounds culturais. Mais importante, artistas capazes de determinarem novas formas de como olharmos o mundo com importância, com mais interesse, com uma nova atitude. 
A exposição evita a imposição narrativa, a habitual dependência curatorial em não pensar em mais nada que não o aspecto físico das obras que mencione o tema concretamente. 
A exposição funciona como ideia - devendo aparecer naturalmente ao espectador, ele mesmo regula o efeito desejado; uma vez li uma entrevista com Marcel Duchamp realizada na época em que construiu "Large Glass" (1915-23) e em que Duchamp referia que nesse tempo a 4a dimensão era um tópico na filosofia e o ponto era encontrar essa 4a dimensão. Dive in poderá ser a mesma coisa. 

Lisboa, Setembro 2013 
victor pinto da fonseca 



Para mais informações: plataformarevolver@gmail.com | M 961106590 T 213433259 

Fundada em 2006, a Plataforma Revólver é uma inovadora estrutura de arte contemporânea localizada em Lisboa. Promove um programa de exposições e de residências artísticas internacionais, participando ativamente na promoção e no diálogo internacional da arte. A Plataforma Revólver funciona genuinamente para benefício público, operando um espaço independente e não lucrativo, de entrada livre. Visitas por marcação. Aberta de terça a sábado das 14:00 às 19:00.

 


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