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EXPOSIÇÕES ATUAIS


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Antonio Jorge Silva


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Antonio Jorge Silva


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Elisa Azevedo


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Antonio Jorge Silva


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Antonio Jorge Silva


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Antonio Jorge Silva


Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Antonio Jorge Silva

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Culturgest, Lisboa
MARIANA VARELA

ARQUIVO:


SARA GRAÇA

BOA GOOD SORTE LUCK




CULTURGEST
Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos, Rua Arco do Cego
1000-300 Lisboa

22 NOV - 22 FEV 2026


 



Sara Graça na Culturgest apresenta um trabalho de qualquer intimidade, que se assemelha a um convite para entrar em uma casa em mudanças. O espaço foi todo ele reconfigurado, de forma a criar novos pisos e rampas; evidenciando assim o carácter móvel, fluido, alterável do espaço expositivo. Numa espécie de circularidade, proporcionada pelo espaço da Culturgest, dá-se voltas pelo conjunto de instalações como quem dá a volta a um mundo. Um convite para entrar em um mundo, sim. Em que objetos, instalações, desenhos e fotografias misturam-se e convivem em uma subtil e alegre desordem.

Há qualquer coisa de terno, de experenciável, de próximo na exposição de Sara Graça. É uma espécie de sugestão existencial. Formas de viver: regar o jardim; pôr-se de cabeça para baixo; escovar os cabelos das formas ovais; adornar um móvel; pôr os pés em perspectiva com os prédios: segurar portas com as pontas dos pés; continuar o incontinuável. Fazer perguntas ingénuas. Uma casa em mudança e a necessidade de reconfigurar espaços, de revistar cómodos internos e externos é a marca da exposição, que em um espaço lúdico e íntimo, faz vigorar qualquer delicadeza e doçura na forma de retratar e de expressar as inúmeras formas que o cotidiano em mudança pode adquirir. Alegria, melancolia, dúvida — passam pela exposição sensações humanas muito domésticas, junto a uma vontade de ficar um pouco mais.

 

Vista da exposição, Boa Good Sorte Luck, de Sara Graça. Culturgest, 2025. © Elisa Azevedo

 

 

Sara Graça é artista portuguesa e vive em Londres. Tem trabalhado com diferentes materiais e suportes – fotografia, grafite, madeira, desenho – tendo ao mesmo tempo uma certa versatilidade e uma certa particularidade, impressa pelo seu olhar. A artista teve seu trabalho integrado na última edição do New Contemporaries, o mais reconhecido evento britânico dedicado a artistas emergentes. Na Culturgest, apresenta uma exposição marcada sobretudo pela presença da fotografia e da instalação, em um espaço dinâmico e dinamizado, transformado para recebê-la.

A aproximação com o cotidiano talvez seja uma das marcas dessa exposição, que chama, mais do que outras, a arte para perto de nós; para uma espécie de amizade íntima, para a nossa convivência. Sem elevados dramas ou questões existenciais — levados a cabo só por meio de desenhos que fazem perguntas ingénuas, absurdas e talvez, óbvias — a exposição apresenta, de repente, o desembrulhar da vida nos seus objetos e cotidiano, a eventual necessária e boa mudança de perspectiva, aqui evidenciada na apresentação dos objetos. Re-pensar, re-ver, re-conhecer, mas dentro de um esquema lúdico de qualquer Graça.

 

 

 

Mariana Varela
É formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e Filósofa-em-Curso pela FCSH. Fez uma Tese no Mestrado sobre o Capitalismo Flexível e os Novos Movimentos Sociais e desenvolve actualmente uma tese sobre Materialismo e Temporalidades da Natureza na Filosofia. Colaborou com grupos de estudos sobre os Situacionistas e integrou grupos de Poesia Experimental, tendo participado de uma série de eventos literários em São Paulo. Em Lisboa publicou os livros de poesia Enigmas de Jaguar e Jasmim e Rotativa, ambos pela editora Urutau. Está publicada em revistas literárias e antologias.



MARIANA VARELA