Links

NOTÍCIAS


ARQUIVO:

 


QUE REFERÊNCIAS ARTÍSTICAS ESTÃO POR TRÁS DA IMPRESSIONANTE CAPA DO NOVO ÁLBUM DE BEYONCÉ?

2024-03-22




Beyoncé está de volta. A superestrela anunciou ontem que “Cowboy Carter”, o seu oitavo álbum (também conhecido como “Act II: Cowboy Carter” ou “Act II”), será lançado a 29 de março. A imagem da capa, que retrata Beyoncé no topo de um corcel, foi conhecida com as notícias. O fotógrafo Blair Caldwell, de Los Angeles, capturou a fotografia, ecoando o tema equestre da capa da revista “Renaissance” de 2022, do fotógrafo de moda Carlijn Jacobs. Assim como aquela capa foi comparada com “Lady Godiva” (1898) de John Collier, há muito que desvendar com a capa de “Cowboy Carter”.

No Instagram, Beyoncé agradeceu aos fãs por recentemente terem feito dela a primeira mulher negra no topo da parada country da Billboard antes de observar que “Cowboy Carter”, cinco anos em formação, “nasceu de uma experiência que tive anos atrás, onde não me senti bem-vinda.” O seu comentário alude à raiva em torno da sua aparição em 2016 cantando ao lado das Chicks no Country Music Awards. Naquele ano, a Recording Academy também se recusou a deixar a sua faixa country, “Daddy Lessons” do “Lemonade”, competir pela melhor música country ou performance solo.

“As críticas que enfrentei quando entrei neste género forçaram-me a superar as limitações que me foram impostas”, escreveu Beyoncé. “[Cowboy Carter] é o resultado de me desafiar e de dedicar o meu tempo para dobrar e misturar géneros para criar este corpo de trabalho.”

Já foram feitas comparações óbvias entre esta fotografia e as pinturas de Kehinde Wiley, que colocam os negros em posições imperiais anteriormente reservadas aos líderes brancos. Dada a importância do cowboy na cultura americana, presidentes de Roosevelt a Regan foram imortalizados enquanto andavam a cavalo. Mas a composição de Blair também evoca Napoleão “A Cruzar os Alpes” (1801-1805), de Jacques-Louis David. A capa do álbum imbui o movimento vigoroso de David com uma bandeira americana estendida, embora não totalmente visível, que ecoa a bandeira esvoaçante que Marina Abramović empunha em “The Hero” (2001).


Fonte: Artnet News