Links

ARQUITETURA E DESIGN




Zaha Hadid. Foto: Courtesia The Irving Penn Foundation


Objectos impressos em missão espacial com impressora 3D.


Protótipo de dirigível.


Favela da Rocinha. Foto: Richard Heathcote/Getty Images


Palácio da Cultura e da Ciência em Varsóvia, época comunista.


Last Futures: Nature, Technology, and the End of Architecture, 2016, de Douglas Murphy.

Outros artigos:

2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016

WILL WILES


 

 

Vamos chamar a estas as minhas resoluções de Ano Novo, em nome da arquitetura e do design, as coisas que eu gostaria de deixar para trás em 2016.


Ódio a Hadid

Em 2015 Zaha Hadid foi condecorada com a Real Medalha de Ouro RIBA, a primeira mulher a consegui-lo sozinha. Isto, parece-me, completa o seu álbum Panini de realização arquitectónica com a Real Medalha de Ouro, o Pritzker, Praemium Imperiale, Mies van der Rohe, Commandeur de l'Ordre des Arts et des Lettres.

Isto foi de certeza uma alegre nota de boas vindas naquele que foi um tórrido 2015; o estádio de Tóquio, uma ação judicial (resolvida) contra um jornalista, entrevistas de rádio abandonadas a meio, os projetos chineses a acabarem. Tudo isso juntamente com uma torrente agora familiar de críticas contra os países em que ela trabalha e os seus edifícios. Em outubro, por exemplo, Stephen Bayley protestou contra as suas "opiniões intratáveis, comportamento agressivo, a falta de charme e um mar de amargura".

A lista de clientes da ZHA às vezes é desagradável e a sua ideologia paramétrica é indigesta. Mas será que ela merece ser tão odiada? A atmosfera em torno do seu trabalho ficou envenenada com o rancor mais extraordinário, inclusive dos seus defensores - que, deve-se dizer, têm algum motivo para se sentirem em guerra. As minhas simpatias políticas quase sempre recaem nos detratores de Hadid, e esteticamente não estou convencido do parametricismo na teoria ou na prática. No entanto, passei 2015 seriamente preocupado com o espírito e a base dos ataques implacáveis a Hadid.

O furor crónico que envolve a prática tem-se tornado, ao que parece, auto-sustentável e está cada vez mais divorciado das ações da prática. Uma negatividade constante - por exemplo, num estúdio da BBC Radio - leva a uma certa animosidade natural por parte de Hadid, que incendeia ainda mais os seus críticos.

Ataques como o de Bayley deviam fazer-nos ter uma pausa séria, uma vez que se concentram tão duramente nas maneiras de Hadid. Isto resume-se a desejar que se comporte de forma diferente - ser um pouco mais sociável, menos assertiva, ignorar o que é dito sobre ela um pouco mais facilmente.

Um arquiteto com uma origem diferente não seria, penso eu, tratado desta forma. E ela podia não ter realizado metade do que fez se tivesse acatado este conselho mais cedo na sua carreira. As origens de Hadid não a isentam de críticas. No entanto, este ciclo de negatividade tem de ser quebrado, e acho que o discurso arquitectónico tem sido um pouco mais rápido a ignorar as deficiências dos seus Grandes Homens do que as desta Grande Mulher.


Claque do 3D

Por favor, deixem 2016 ser o fim da moda da impressão 3D. Não é a impressão 3D em si. É útil e está aqui para ficar. Mas as aplicações da tecnologia, até agora, dividem-se em duas categorias: funcionais e chatas, ou glamourosas e inúteis.

Coisas que são funcionais e chatas ainda têm o potencial de serem revolucionárias, é claro, embora de uma forma muito discreta. Aquele pino em falta na sua estante Billy do Ikea, por exemplo – um pedaço de metal de um centímetro que faz uma prateleira inteira ficar inutilizável. Não há necessidade de correr para o supermercado mais próximo ou abrir uma veia e cortar um bocado. Pode ser impresso em 3D.

Ser capaz de substituir uma pega ou um canto poderia estender a vida de numerosos objetos domésticos baratos. Isto acontecerá se a tecnologia baixar de preço para, digamos, £ 200 a £ 300, o que faz sentido economicamente em comparação com uns anos de Billys estragadas. Para isto é necessário a adoção pelo mercado de massas, e algum trabalho pode ter de ser feito no software de interface para ajudar a isso.

Assim, poderíamos todos ter impressoras 3D em casa. O que elas não farão é produzir vasos e sapatos paramétricos. O tipo de bugigangas e truques atualmente produzidos para mostrar a tecnologia são quase sempre triviais e feios.

Os designers estão errados em esperar que a impressão 3D irá produzir a sua própria estética, ou que pode impor uma. Um dos pontos fortes da tecnologia é que ela não tem estética inerente.
Correm o risco de sequestrar uma tecnologia que pode reduzir os resíduos do consumidor e usá-la para produzir um fluxo inútil, bugigangas baratas em linha reta para o aterro. Como o autor e designer Ian Bogost disse, as pessoas que pensam que as impressoras 3D serão revolucionárias devem perguntar-se o que há de tão revolucionário nas impressoras de papel.

No estaleiro de construção, a lição é similar. O precedente histórico é a pré-fabricação, que experimentou meio século de ser a "próxima grande coisa", enquanto furtivamente se tornou numa parte importante da construção sem a transformar ou a levar a uma revolução estética.


Dirigíveis

Requereria muito mais espaço do que eu aqui tenho para explorar plenamente o apelo dos dirigíveis. Uma tecnologia testada e abandonada na década de 1930, os dirigíveis combinam o exotismo da estrada não viajada com o glamour da Art Deco. Dos romances de Michael Moorcock à Fringe, eles permanecem o veículo emblemático da história alternativa.

Na nossa história real, porém, eles merecem pouco mais do que uma melancólica nota de rodapé. E ainda assim permanecem surpreendentemente populares na arquitetura e no design especulativo. Mais lentos que os aviões, mais caros que os navios e ferrovias, muito menos promissores do que os drones para micro-carga, os dirigíveis não têm vantagens para além do fascínio do retrocesso.

Os dirigíveis são os discos de vinil do céu, para lá do facto do vinil ter sido bem sucedido e dominante durante um tempo. O Minidisc dos céus.

O que realmente perfura a bolha dirigível é o problema do hélio. Hélio acessível é uma fonte finita e a diminuir, e precisamos realmente das reservas que temos para um número de tecnologias mais vitais, tais como aparelhos de ressonância magnética. Usá-lo para o arranque de um novo modo de transporte com pouco mais do que razões estéticas duvidosas é loucura. E quando se rejeita os argumentos ecológicos para os dirigíveis - que tendem a patinar sobre o problema do hélio - a estética é tudo o que resta.

Não temam! Há tecnologia muito bonita para mover cargas de forma mais barata - mas lentamente - ao redor do mundo, que tem um potencial fascinante para reduzir o consumo de combustível durante a utilização de um recurso abundante e totalmente renovável. É chamada vela, e está a ser explorada por empresas incluindo a Rolls Royce. Vendam os dirigíveis, comprem veleiros.


Diversão na Favela

Em agosto de 2015, o Instituto Adam Smith deixou cair o que deve ser o assunto mais quente em todo o urbanismo: o pedido de favelas na Grã-Bretanha.

Forçar as pessoas a viver em casas com janelas e instalação eléctrica não-letal é, afinal, uma ultrajante restrição da liberdade de mercado. Se um pouco de nutritivo bolor negro nos pulmões do bebé é o preço a pagar para uma habitação realmente acessível, quem somos nós para interferir? Mas quem é você, algum tipo de comunista?

É uma das grandes conquistas das chamadas políticas de habitação "falhadas" dos anos 1950 e 1960, que muitas pessoas no Ocidente parecem ter-se esquecido exatamente o quão horríveis as favelas realmente são. Os arquitetos e os reformadores sociais da primeira metade do século XX estavam certos ao considerá-las o rei das pragas. Foram um pesadelo de falta de saúde e de vidas atrofiadas - e permanecem assim nas partes do mundo onde persistem.

O Brasil, por exemplo. Com os Jogos Olímpicos no Rio a apenas sete meses de distância, seria bem vindo se designers pudessem pensar muito cuidadosamente sobre projetos apoiados no "inventividade" e "pujança" das favelas do Brasil.

As favelas não são, é claro, áreas vazias de tristeza e degradação - eles são o lar de tanta engenhosidade humana e ambição como em qualquer outro lugar. Mas também não são alegres oficinas de elfos para o mundo rico. Não estou a pedir muito, apenas um pouco de cuidado e nuance.


Livros longos

Alguns soberbos livros de arquitetura foram publicados em 2015. Espaço, esperança e brutalismo: Arquitetura Inglesa 1945-1975, de Elaine Harwood; Paisagens do Comunismo de Owen Hatherley; Cidades Imaginárias de Darran Anderson; Glória Caída, de James Crawford.

Estes são melhores do que bons - todos eles têm igual direito a serem clássicos no fazer, e não apenas excelentes, mas essenciais. E todos eles são muito longos. Estes quatro livros excedem 2500 páginas no total.

O dedicado leitor de arquitetura deixará 2015 consideravelmente mais experiente, mas também exausto. A década de 2010 não deveria ser uma idade de ouro do panfleto e do ensaio longo? O que aconteceu a isso? Onde estão as expressivas cem páginas?

Últimos Futuros: Natureza, Tecnologia e o Fim da Arquitetura, de Douglas Murphy, pela Verso em Janeiro de 2016, são umas perfeitamente respeitáveis 240 páginas, mas parece-se com uma bolacha fina em comparação com o festim anterior. Mal posso esperar. Só espero que não prove muito, como o fez para o Monsieur Creosote.

 


Will Wiles
É escritor e editor colaborador da revista Ícone, além de jornalista freelance na área do design.

 

:::

Este artigo é uma versão do originalmente publicado na revista digital Dezeen, a 29 de Dezembro de 2015.